Mônica Schimenes (*)
Montar um conselho consultivo é compreender o desafio vivido pela empresa. Além de servir como um braço extra nas decisões, o conselho ajuda a guiar e sugerir novos caminhos para a equipe, através do desenho de metas e expectativas de como “chegar lá”.
Para mim, tem sido extremamente valioso poder dividir com os integrantes do conselho da agência os momentos de angústias das decisões e a alegria das conquistas. Posso dizer que meu conselho tem a sensibilidade ideal para compreender a empresa, suas dores, e, principalmente, a sua história, desde a primeira geração até o momento atual.
Contar com a experiência de pessoas que já vivenciaram situações adversas ao longo de sua história é muito importante para a liderança de uma empresa. Dessa forma, não estar só no momento de tomada de decisão e contar com especialistas ao seu lado apresentando novos caminhos a seguir é fundamental para um crescimento correto e saudável. Atualmente nosso conselho é composto por quatro mulheres e um homem.
Quando batemos na tecla da importância feminina em cargos de liderança, estamos falando de inspiração, ter para quem olharmos e nos espelharmos. Nossa missão como agência é fomentar cada vez mais esse movimento. Ao termos um conselho formado majoritariamente por mulheres, estamos indiretamente formando uma nova geração inspiracional, para mostrarmos para a sociedade a existência de figuras incríveis e potentes para nos inspirar e mostrar novos rumos do que fazer.
Estamos desenhando um planejamento que, nos próximos anos, estaremos ouvindo e sendo guiadas por mulheres que nos inspiram e nos ajudam a encontrar novos lugares e posicionamentos para a empresa, assim como temos feito há anos também em nossa diretoria. De acordo com o Estudo de Conselhos de Administração (2021), o percentual de mulheres nos conselhos das empresas passou de 13% em 2020 para 16% em 2021.
Mesmo que modesto, é possível notar o crescimento da participação feminina no mercado e também nos conselhos administrativos das organizações. Ainda conforme a pesquisa, se for considerado apenas os conselheiros independentes, a participação de mulheres é maior: 21%, em 2020 eram 18%. Uma evolução similar acontece na presença feminina entre os C-levels, que aumentou de 14% para 18% no mesmo período.
O ano de 2022 foi o ano das retomadas, do fôlego, da vida, da esperança. Nesse cenário, tivemos oportunidades de muitas pessoas de diversos grupos minoritários ascenderem. Passar por uma experiência tão devastadora como foram os últimos anos, transformou a sociedade em um universo de novas possibilidades e o cenário do empreendedorismo feminino é um exemplo disso.
O mercado hoje está buscando por mulheres líderes e emprendedoras, nós somos a resposta da bola da vez que é o ESG por uma sociedade mais justa e equilibrada. Existe um caminho e nós vamos estar sempre lutando por mais mulheres na cena para sempre termos em quem nos inspirar e novos exemplos positivos de lideranças para o Brasil.
(*) – É fundadora e CEO da MCM Brand Experience, grupo de comunicação integradal, comprometido com a performance e responsável com a diversidade e inclusão.
