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Vendas de Páscoa devem ser as mais fracas dos últimos anos

em Economia
segunda-feira, 06 de abril de 2020

Com as restrições, famílias não conseguirão se reunir. Foto: globo.com/reprodução

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) estima que as vendas de Páscoa devem ser mais fracas na comparação com anos anteriores, devido a ocorrência da pandemia de coronavírus.
“A expectativa de vendas do varejo para a Páscoa pode ser fraca, e também vai depender muito se até lá nós estivermos ainda no isolamento. Como está hoje, vai reduzir não só a procura, mais também a abertura de lojas. Para aquelas que vão poder abrir, como os supermercados, o movimento deve ser mais fraco do que no ano passado”, analisa Marcel Solimeo, economista da ACSP.

Ele explica que, diante do cenário atípico, é muito difícil fazer uma projeção, porque vai depender da reabertura do comércio no próximo dia 7. Porém, diante do quadro atual, com as restrições, muitas famílias não conseguirão se reunir. “Também porque as pessoas não estão nesse clima comemorativo tradicional, como é observado todos os anos”.

Quanto ao preço dos produtos mais comuns da Páscoa, itens importados, como vinho e bacalhau, podem ter preços mais altos do que no ano passado, devido a alta do dólar. Para o economista, no entanto, provavelmente nem toda a alta do dólar deverá ser repassada, porque as vendas devem ser mais fracas do que habitualmente ocorrem em anos anteriores.

“O problema dessa data é que os pequenos produtores de ovos de Páscoa, que vendem em pequenas quantidades em vários locais – e não nas grandes redes de supermercados – podem ter uma dificuldade muito grande para vender. Para eles, o risco do prejuízo é maior”, alerta o economista (AI/ACSP).