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Tecnologia da Petrobras evita emissão de gás para atmosfera

em Economia
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

O programa de captura de CO2 é o maior do mundo em operação. Foto: Arquivo/ABr

A Petrobras desenvolveu um programa de captura, uso e armazenamento geológico de CO2 (gás carbônico) nos campos do pré-sal que é o maior do mundo em operação, em volume reinjetado anualmente, e também o pioneiro em águas ultraprofundas. O gás contém gás natural e também CO2 na sua composição. A tecnologia de Carbon Capture, Utilization Storage engloba a separação do CO2 e do gás natural e a posterior reinjeção do CO2 de volta ao reservatório de onde saiu.

A reinjeção foi uma solução encontrada pela companhia para atender ao compromisso de não ventilar para a atmosfera o CO2 que está presente no gás natural. Trata-se de uma das iniciativas que permitem à empresa produzir petróleo com baixa emissão de carbono nos campos do pré-sal. A Petrobras informou que vem aumentando a cada ano o volume de CO2 reinjetado em reservatórios.

De acordo com o gerente executivo de Águas Ultra Profundas, Luiz Carlos Higa, “apenas nos nove primeiros meses de 2021 foram 6,7 milhões de toneladas de CO2, o equivalente a quase todo o volume reinjetado em 2020. O programa tem nos permitido aumentar a eficiência da produção e, com isso, reduzir a emissão de CO2 por barril produzido”. Este resultado é fruto de desenvolvimento de um conjunto de inovações, desde tecnologias de captura até modelos matemáticos para reinjeção e armazenamento de CO2.

A companhia trabalha no desenvolvimento de novas tecnologias de captura de CO2, visando à redução do tamanho e peso das unidades de processamento nas plataformas, além da redução dos custos para as operações. Um exemplo é a tecnologia de High Pressure Separation (separação em alta pressão), patenteada pela Petrobras, pela qual o gás que sai do reservatório já é separado e reinjetado a partir de um sistema localizado no fundo do mar. Com isso, a produção do campo é ampliada e é possível alcançar uma menor emissão de gases de efeito estufa para cada barril de óleo produzido (ABr).