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Taxa desemprego fica estável no primeiro trimestre, aponta IBGE

em Economia
sexta-feira, 13 de maio de 2022

A taxa de desemprego no Brasil ficou 11,1% no 1° trimestre, o que significa estabilidade na comparação com o 4º trimestre de 2021, quando registrou o mesmo percentual. Representa ainda queda de 3,8 pontos percentuais na comparação com o mesmo trimestre de 2021, quando atingiu 14,9%. Os dados estão incluídos no resultado trimestral da pesquisa (Pnad), divulgada pelo IBGE.

Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação ficou estável em 26 unidades da Federação. O único recuo foi no Amapá (3,3 pontos percentuais). Para a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a queda, contudo, não se deve ao aumento no número de pessoas ocupadas, mas a menor pressão das pessoas sem trabalho buscando ocupação no estado.

“Houve uma queda de 7,3% no número de pessoas na força de trabalho e um aumento de 10,4% no contingente fora da força”, explicou. A taxa de desocupação por sexo ficou em 9,1% para os homens e 13,7% para as mulheres. Em cor ou raça, o desemprego entre os brancos alcançou 8,9%, ficando abaixo da média nacional, mas para os pretos (13,3%) e pardos (12,9%) ficou acima. O IBGE destacou que mesmo entre os jovens de 18 a 24 anos de idade (22,8%), que têm elevadas taxas de desocupação, não houve crescimento, acompanhando o panorama nacional.

A desocupação entre as pessoas com ensino médio incompleto atingiu 18,3%, percentual maior do que os das taxas dos demais níveis de instrução. No grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa ficou em 11,9%. É mais que o dobro da registrada para o nível superior completo, que chegou a 5,6%. O rendimento médio real mensal habitual foi calculado em R$ 2.548. Um recuo de 8,7% ante o 1º trimestre de 2021 que já tinha alcançado R$ 2.789.

O percentual de empregados com carteira assinada atingiu 74,1% no setor privado, sendo os maiores percentuais em Santa Catarina (88,2%), São Paulo (82,4%), Rio Grande do Sul (81,1%). Maranhão (47,3%), Pará (51,3%) e Piauí (51,4%) registraram os menores. A parcela da população ocupada trabalhando por conta própria ficou em 26,5%. A taxa de informalidade para o Brasil foi de 40,1% da população ocupada (ABr).