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Registros de óbitos no Brasil teve alta de 14,9% em 2020

em Economia
sexta-feira, 19 de novembro de 2021

O número de registros de óbitos no Brasil em 2020 chegou a 1.513.575, uma alta de 14,9%, ou 195.965 mortes a mais que em 2019, sendo que 99,2% das mortes ocorridas a mais foram por causas naturais. Tanto em percentual quanto em números absolutos, foi a maior alta desde 1984, aponta a pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2020, divulgada ontem (18) pelo IBGE. O aumento percentual de óbitos entre os homens (16,7%) foi maior que entre as mulheres (12,7%). A maioria das mortes (70%) foi de pessoas com 60 anos ou mais de idade.

A pesquisa revelou aumento de 16,6% em mortes por causas naturais na faixa etária de 60 anos ou mais. Para as idades abaixo de 20 anos, houve redução de óbitos de 2019 para 2020. Segundo a gerente da pesquisa, Klívia Bayner de Oliveira, o efeito da pandemia de covid-19 foi captada nas estatísticas tanto pelo aumento expressivo de mortes no ano passado quanto pela queda de registros de nascimentos e casamentos, devido às medidas de isolamento social.

“O mês de maio foi o que teve maior ocorrência de óbitos com variação de 29% com 33.458 óbitos a mais se comparado a 2019 e dezembro também teve uma variação importante com 22.992 a mais”, disse a pesquisadora. Cerca de 73,5% das mortes de 2020 ocorreram em hospital, 20,7% em domicílios e em 5,8% em outro local de ocorrência ou sem declaração.

O número de registros de casamento no Brasil teve redução de 26,1% em 2020 (de 1.024.676 em 2019 para 757.179), a maior queda da série histórica. O movimento de queda vem sendo observado, anualmente, desde 2016, mas em 2020 essa variável foi afetada pelo isolamento social em decorrência da pandemia, segundo o IBGE. Do total de casamentos, 6.433 ocorreram entre pessoas do mesmo sexo, queda de 29% ante 2019. Os casamentos entre cônjuges femininos representam 60,1% dos casamentos civis nessa composição conjugal.

De 2019 para 2020, o número de registros de nascimentos caiu 4,7%, com 2.728.273 crianças registradas no ano passado. Em duas décadas, entre 2000 e 2020, a proporção de registros de nascimentos cujas mães tinham menos de 30 anos caiu de 76,1% para 62,1%. Já os registros de nascimentos com mães de 30 anos ou mais subiu de 24% para 37,9% (ABr).