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Flexibilização da quarentena reduziu perdas do comércio

em Economia
terça-feira, 30 de junho de 2020

No auge do distanciamento, o comércio chegou a registrar perda semanal de R$ 23,12 bilhões. Foto: Marco Quintana/JC/reprodução

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) calcula que o início do processo de flexibilização em diversas regiões do País reduziu em
R$ 9,14 bilhões os prejuízos do comércio nas três primeiras semanas de junho. Se a queda no índice de isolamento social mantivesse o ritmo mais lento dos últimos meses, o varejo teria sofrido com perdas na ordem de R$ 42,83 bilhões, nos 19 primeiros dias de junho. Com a flexibilização da quarentena, contudo, esse montante recuou para R$ 33,69 bilhões.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que, desde o início da pandemia o setor já acumulou R$ 210,08 bilhões de prejuízo com a crise – valor equivalente à média mensal de faturamento do varejo antes do surto de covid-19. “A quarentena significou uma inédita interrupção das operações na maior parte dos estabelecimentos comerciais do Brasil, além de reduzir, drasticamente, a circulação de consumidores nas lojas”, afirma Tadros, ao ressaltar que a adoção do e-commerce e os serviços de delivery, tem ajudado o setor a atenuar as perdas.

Ao final de março, no auge do distanciamento, o comércio chegou a registrar perda semanal de R$ 23,12 bilhões. Desde então, tanto os segmentos do chamado varejo essencial, como mercados e farmácias, quanto aqueles considerados não essenciais, como vestuário e calçados, apresentam tendência de redução nos registros semanais negativos. De acordo com o economista da CNC, Fabio Bentes, o índice de isolamento social no Brasil tem recuado sucessivamente, após atingir 63% na segunda metade de março. “As restrições ao fluxo de consumidores seguem ditando o ritmo das perdas impostas ao varejo, ao longo da pandemia”.

São Paulo (R$ 3,070 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 637 milhões), Minas Gerais (R$ 600 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 541 milhões) são as unidades da Federação que mais conseguiram reduzir as perdas em decorrência do processo de flexibilização até o momento. Juntas, as UFs respondem por mais da metade (53%) dos R$ 9,14 bilhões que o comércio brasileiro deixou de perder com o relaxamento (Gecom/CNC).