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Evolução positiva do comércio é a maior desde o início da pandemia

em Economia
terça-feira, 28 de junho de 2022

O crescimento do volume de vendas tem gerado perspectivas positivas no varejo, segundo os resultados do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de junho. Neste mês, o indicador apurado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) cresceu 5,1% e, no ano, 24,4%, alcançando 122,4 pontos, a maior pontuação desde março de 2020 (128,4).

A análise da Confederação destaca que os números da pesquisa do IBGE, mostram crescimento sustentado do volume de vendas nos primeiros quatro meses do ano, o que é refletido no indicador de Condições Atuais do Setor do Comércio, que também chegou ao maior nível desde março de 2020, 107,1 pontos. O item Expectativas do Empresário do Comércio também obteve o terceiro avanço consecutivo, atingindo 152,4 pontos.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que o resultado apresenta um panorama das projeções do comércio para o curto prazo. “Essa evolução positiva das vendas, a despeito da inflação persistente e dos juros elevados, melhorou a percepção dos comerciantes, fazendo com que projetem um cenário favorável para o setor no segundo semestre”, ressalta.

A economista da CNC responsável pela análise, Izis Ferreira, esclarece que as medidas de suporte à renda, como o auxílio emergencial e os saques extraordinários do FGTS, seguem produzindo efeitos positivos no consumo e viabilizando o pagamento de dívidas. “Com o ticket médio das vendas correntes mais baixo, o comércio aposta na recorrência das compras e na substituição de marcas caras, o que também explica o bom desempenho das vendas no contexto da disseminação da alta dos preços aos consumidores”, acrescenta.

Ainda segundo a pesquisa, apesar das margens comprimidas e do custo do crédito mais alto, o comerciante sentiu que, em relação há um ano, a rotatividade dos estoques melhorou em junho. A percepção sobre o nível dos estoques diante da programação das vendas (90,6 pontos) é a melhor desde abril de 2020. A proporção de 23,5% dos varejistas considera o volume de estoques acima do adequado, 4,4 pontos percentuais abaixo da média do período da pandemia (27,9%). Fonte: (Gecom/CNC).