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Economia 31/01/2017

em Economia
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação.

Mercado prevê que Selic chegará a 9% ao ano em 2018

A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação.

O mercado financeiro projeta que a Selic, a taxa básica de juros da economia, chegará a 9% ao ano em 2018. Para 2017, está mantida a projeção da Selic em 9,5% ao ano

O mercado também prevê que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficará em 4,7% este ano, perto do centro da meta: 4,5% com dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
As estimativas estão no boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC) feita com instituições financeiras. No início do mês, as instituições consultadas para o levantamento ainda previam a taxa básica de juros na casa dos dois dígitos em 2017, em 10,25% ao ano. O mercado vem se mostrando mais otimista a respeito da Selic depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduzir a taxa básica mais que o esperado, em sua primeira reunião de 2017.
Em lugar da queda de 0,5 ponto percentual projetada, o Copom cortou 0,75 ponto percentual. O presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que este deve ser o “novo ritmo” de redução dos juros. A decisão de intensificar a redução da taxa básica de juros ocorreu após o IBGE divulgar que a inflação medida pelo IPCA encerrou 2016 em 6,29%. A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia (PIB) em 2017 permanece em 0,50%.
A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação (ABr).

Vendas para a volta às aulas seguem estáveis

Comerciantes mostram otimismo moderado em relação a 2017.

O fim de janeiro já chegou, as voltas as aulas vão começar e os varejistas do estado de São Paulo permanecem com expectativas estáveis sobre a primeira data importante para o varejo do trimestre. Segundo uma pesquisa realizada pela Federação das Câmaras dos Dirigentes e Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP), entidade que representa 210 mil varejistas em 150 municípios do estado, as vendas para a volta às aulas no setor permanecem estáveis se comparada ao mesmo período do ano passado. O ticket médio para o período pode variar entre R$ 150,00 a R$ 200,00.
De acordo com o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff, consumidores e comerciantes mostram um otimismo moderado em relação a 2017. “A expectativa é de melhora discreta ao longo do ano. A volta às aulas pode ter resultados ligeiramente superiores ao observado nos últimos anos, mas não deve ser o início de uma recuperação vigorosa”, afirma.
Segundo a pesquisa, o cenário econômico do país ainda é instável, levando muitas famílias a reutilizarem materiais do ano anterior. A tendência é que comprem apenas o necessário, optando por marcas mais baratas. “Analisando as últimas datas festivas, tanto o ticket médio de compras quanto o volume vêm ficando cada vez menor. Com essa tendência as próprias escolas acabam adaptando suas listas”, acredita Stainoff.

Eataly tem plano para entrar na Bolsa

O fundador do Eataly, Oscar Farinetti, disse que a marca deve entrar no mercado de ações em breve durante as celebrações pelos 10 anos de fundação da rede gastronômica. “Não acredito neste ano, é difícil, mas é muito provável em 2018. Somos a única empresa global que lida com a base alimentar e temos o dever de oferecer uma parte das nossas ações aos cidadãos italianos”, destacou.
O império gastronômico criado por Farinetti completa 10 anos em 2017 com 37 unidades espalhadas pelo mundo, sendo 22 na Itália e 15 no exterior – incluindo o Brasil – com 157 restaurantes onde 23 mil pessoas comem por dia. São cerca de 25 milhões de visitantes por ano, com a contratação de 5,5 mil pessoas e a exportação pela primeira vez de 8.846 produtos.
“Estamos trabalhando para ir pelo mundo na China, na Índia e no extremo Oriente e queremos fazer isso bem. Estamos presentes em 12 países e o nosso objetivo é estar em todas as 194 nações do mundo”, ressaltou Farinetti.”Na Itália, investiremos 100 milhões de euros no Fico Eataly World, em Bolonha, o parque temático sobre a excelência agroalimentar que abriremos no dia 4 de outubro”, disse ainda o fundador do Eataly (ANSA).