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Economia 28/07/2017

em Economia
quinta-feira, 27 de julho de 2017
O segmento de lojas de vestuário, tecidos e calçados deve apontar alta de 5% nas vendas em agosto.

Vendas do varejo paulista devem crescer 7% em agosto

O segmento de lojas de vestuário, tecidos e calçados deve apontar alta de 5% nas vendas em agosto.

As projeções da FecomercioSP indicam que as vendas do comércio varejista paulista devem atingir R$ 52,3 bilhões em agosto, mês do Dia dos Pais, crescimento de 7% em termos reais em relação ao mesmo mês de 2016

Na capital paulista, a expectativa é de alta de 10% no faturamento do setor, na mesma base comparativa, atingindo R$ 16,9 bilhões. O segmento de lojas de vestuário, tecidos e calçados deve apontar alta de 5% nas vendas em agosto, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O mesmo movimento é esperado para eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos, cujo faturamento real deve crescer 15%. O crescimento esperado deverá se dar muito mais pela fraquíssima base comparativa do mesmo mês de 2016 do que por efetivo aumento de vendas reais. Isso porque, em agosto do ano passado, houve quedas de 6,1% e 12,2% nas vendas desses dois segmentos, respectivamente.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, é importante ressaltar que as projeções se referem às vendas totais do varejo no mês, não estando, necessariamente, embasadas no movimento decorrente da data comemorativa no período. A possível expansão no faturamento no período, segundo a Entidade, significa que as turbulências do cenário político, ao menos até o momento, não irão comprometer a trajetória de recuperação do movimento varejista até aqui observada.
A combinação positiva de elementos determinantes do consumo, como a queda notória da inflação, o ciclo de cortes na taxa básica de juros e a elevação na renda agrícola – em razão do forte aumento de exportações de commodities, em que São Paulo tem grande presença – fundamentam a melhora nos indicadores de confiança dos consumidores, gerando, assim, um ambiente favorável ao crescimento das vendas (FecomercioSP).

Vendas nos supermercados cresceram 0,95% no semestre

“O que sentimos é que a queda da inflação, o pequeno crescimento das contratações e o dinheiro do FGTS na compra de eletrodomésticos e móveis fizeram o resultado ficar  positivo.”

As vendas em valores reais do setor de supermercados apresentaram alta de 0,95% no primeiro semestre de 2017 na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados do Índice Nacional de Vendas da Abras, pesquisados pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade, em junho as vendas aumentaram 0,59% com relação a maio e 2,71% ante junho do ano passado. Em valores nominais, as vendas do setor apresentaram alta de 0,36% em relação ao mês de maio e, quando comparadas a junho de 2016, a alta é de 5,82%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 5,26%.
“O que sentimos é que a queda da inflação, o pequeno crescimento das contratações e o dinheiro do FGTS na compra de eletrodomésticos e móveis fizeram o resultado ficar positivo. Sabemos que sempre que ocorre queda de inflação há um grande poder aquisitivo, porque o consumidor ainda está com o salário que foi aumentado em uma inflação passada maior do que a inflação presente”, disse o presidente da Abras, João Sanzovo Neto.
Diante do cenário econômico atual, a entidade revisou a projeção de vendas reais para o setor em 2017, que passou de 1,30% para 1,50%. “Essa foi uma reavaliação conservadora. Alguns indicadores podiam nos levar a uma avaliação mais forte, mas dada a instabilidade política do país, resolvemos escolher a opção mais conservadora. O setor é o último a sentir quando há recessão e um dos primeiros a reagir quando a economia volta a apresentar sinais de crescimento. Acho que isso já está acontecendo. Os números indicam que a economia começa a se descolar um pouco da política”, afirmou Sanzovo (ABr).

Economia de R$ 2,6 bilhões ao ano com revisão de benefícios

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) estima economizar R$ 2,6 bilhões por ano apenas com os cancelamentos de 159.981 mil benefícios como os de auxílio-doença. De acordo com a pasta, até o dia 14 de julho foram feitas 199.981 perícias nesse grupo.
Outros 20.304 benefícios foram cancelados porque os beneficiários não compareceram após serem convocados. A expectativa é de que a economia seja ainda maior com a conversão de 31.863 benefícios em aposentadoria por invalidez; 1.802 em auxílio-acidente; 1.058 em aposentadoria por invalidez (com acréscimo de 25% no valor do benefício).
Há ainda 5.294 pessoas que foram encaminhadas para reabilitação profissional. A expectativa é de que 530.191 benefícios de auxílio-doença sejam revisados, resultando em economia de R$ 2,6 bilhões para os cofres públicos (ABr).

Commodities derrubam preços da indústria no país

Pressionado pelos preços de algumas commodities (mercadorias com valores estipulados segundo as cotações do mercado internacional) no mercado externo – como minérios de ferro, óleos brutos de petróleo e farelo de soja – o Índice de Preços ao Produtor (IPP) fechou junho com deflação (inflação negativa) de 0,21%, resultado 0,31 ponto percentual (pp) inferior a 0,1% de alta de maio – série dessazonalizada.
Com o resultado de junho, o IPP passou a acumular nos primeiros seis meses do ano deflação de 0,3%, menor do que -0,08% de janeiro a maio, enquanto a taxa acumulada nos últimos 12 meses (o indicador anualizado) fechou com alta de 1,52%. Apesar da alta na taxa anualizada, o resultado até junho é 0,72 pp menor do que os 2,24% acumulados até maio.
Os dados fazem parte do IPP das Indústrias Extrativa e de Transformação, divulgado ontem (27), no Rio de Janeiro, pelo IBGE, e que mede a evolução dos preços dos produtos na porta da fábrica, livres, portanto, da influência de impostos e fretes. O indicador abrange informações de grandes categorias econômicas e por atividades. Entre as grandes categorias econômicas, o setor de bens de capitais teve em junho alta de 0,88% frente a maio, o único setor com preços em alta (ABr).

Taxa de juros do mínimo do cartão caiu em junho

A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito para quem paga o valor mínimo da fatura caiu em junho. A taxa chegou a 230,4% ao ano no mês passado, com redução de 28,1 pontos percentuais em relação a maio, de acordo com dados divulgados ontem (27) pelo Banco Central (BC). Já a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura subiu 6,8 pontos, passando para 460,7% ao ano, em junho. Com isso, a taxa média da modalidade de crédito ficou em 378,3% ao ano, com alta de 0,4 ponto percentual em relação a maio.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Desde abril, os consumidores que não conseguem pagar integralmente a fatura do cartão só podem ficar no crédito rotativo por 30 dias. A nova regra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro, obrigou as instituições financeiras a transferirem para o crédito parcelado, que tem taxas menores.
A taxa do crédito parcelado caiu 1,8 ponto percentual para 157,8% ao ano, em junho. A taxa de juros do cheque especial ficou em 322,6 % ao ano, em junho, com redução de 2,5 pontos percentuais em relação a maio. A taxa média de juros para as famílias caiu 1,2 ponto percentual e ficou em 63,3% ao ano em junho. No caso das empresas, a taxa caiu 1,3 ponto percentual e foi para 24,8% ao ano (ABr).