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Economia 26/07/2016

em Economia
segunda-feira, 25 de julho de 2016

Vendas para o Dia dos Pais podem crescer 2%

O momento não está favorável para consumidores e empresários lojistas.

Uma pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas aponta que os lojistas do estado estão cautelosos para este Dia dos Pais e esperam crescimento nas vendas de até 2%.

O cenário persistente de insegurança pode manter o consumo em baixa com ticket médio de compra até R$ 150,00 por consumidor na capital paulista. Já no interior, a expectativa é mais positiva devido ao potencial turístico de algumas cidades.
Para o presidente da Federação, Maurício Stainoff, o momento não está favorável para consumidores e empresários lojistas. “A data pode ser um estímulo para compra, pois é incomum deixar de presentear, mas não esperamos uma recuperação para o período. O que se espera é um segundo semestre mais otimista devido ao final do ano ser uma época de mais movimentação no varejo. Acreditamos ainda que o pior já passou”, explica.
Na região do Bom Retiro, um dos principais pontos de comércio de vestuário do estado, o presidente da CDL do Bom Retiro, Nelson Tranquez Junior, se mantem cauteloso. “Não acreditamos em um aumento, mas em estabilidade. Em 2015, tivemos aumento de 3% e para 2016 esperamos apenas manter este índice. O ticket médio de compra observado na região varia entre R$ 60,00 e R$ 100,00”, comenta.
Em relação a oportunidades de contratações, de acordo com informações da SPC Brasil ao longo de 2016 a expectativa para contratações se manteve em baixa e, para o segundo semestre, a perspectiva segue na mesma estimativa. Apenas 21,6% dos lojistas podem contratar novos funcionários, enquanto 53,4% não pretende investir em mão de obra (FCDLESP).

Abinee aponta melhora nas expectativas

Sondagem da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) indicou que 42% das empresas do setor eletroeletrônico esperam crescimento das vendas no segundo semestre. Segundo o levantamento, 33% das indústrias consultadas indicaram queda e 25%, estabilidade. “Há muito tempo não víamos as indicações de crescimento superarem as de queda. Ainda não há o que se comemorar, mas é um primeiro passo para sairmos do atoleiro em que fomos colocados”, diz o presidente da Abinee, Humberto Barbato.
A reversão de expectativas também se reflete na avaliação anual. Nas pesquisas de abril e maio realizadas pela Abinee, a expectativa de queda era maior que a de crescimento. Esta situação se inverteu na sondagem de junho, com 43% das empresas projetando crescimento em 2016, e 35%, retração. Segundo a sondagem da Abinee, aumentou de 27% para 39% o percentual de empresas que verificou crescimento nas vendas e encomendas no mês de junho em relação a igual mês do ano passado; ao mesmo tempo em que reduziu o percentual de empresas que observou queda, passando de 57% para 45%, nas últimas duas pesquisas. Ao comparar com o mês imediatamente anterior, 43% indicaram crescimento; 24% apontaram estabilidade e 33%, queda.