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Economia 25/05/2016

em Economia
terça-feira, 24 de maio de 2016

Confiança do Consumidor subiu 3,5 pontos em maio, mostra FGV

Os números foram influenciados pelo processo de afastamento da presidenta Dilma Rousseff.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 3,5 pontos de abril para maio, ao passar de 64,4 para 67,9 pontos

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, divulgados ontem (24), pela primeira vez desde dezembro de 2013, o consumidor não está pessimista em relação à evolução da economia nos meses seguintes. “Embora a alta do ICC somente compense a queda dos dois meses anteriores, houve expressiva melhora das expectativas em maio e, pela primeira vez desde dezembro de 2013, o consumidor não está pessimista em relação à evolução da economia nos meses seguintes”, explicou a coordenadora da Sondagem do Consumidor, a economista da FGV, Viviane Seda Bittencourt.
Na sua avaliação, os números foram influenciados pelo processo de afastamento da presidenta Dilma Rousseff. “[O aumento deve-se] ao desfecho da primeira fase do processo de impeachment, que alterou positivamente o humor de uma parcela dos consumidores, talvez em função da percepção de redução das incertezas”. O resultado tem como destaque a melhora das perspectivas em relação aos meses seguintes, com o Índice de Expectativas (IE), que avançou 5,3 pontos de abril para maio – maior alta desde outubro de 2011, quanto o índice subiu 6,2 pontos.
om a alta, o IE atingiu 71,1 pontos, o maior desde junho de 2015 (73,1). O Índice da Situação Atual (ISA) teve resultado positivo, apesar de menor: 0,8 ponto, atingindo 65,5 pontos. Segundo a FGV, entre os quesitos que integram o ICC, a maior contribuição para a alta no mês foi dada pelo indicador que mede o otimismo com relação à economia nos meses seguintes, que subiu 14,4 pontos ao passar de 86 para 100,4 pontos, o melhor resultado desde dezembro de 2013 (100,4). A parcela de consumidores projetando melhora avançou de 20% para 29,9%; enquanto a dos que preveem piora recuou de 35,2% para 24,4%.
Foi verificada ainda alta da confiança em todas as classes, com melhora mais expressiva entre os consumidores de maior poder aquisitivo (renda familiar superior a R$ 9,6 mil mensais). Para esses consumidores, o Índice de Confiança do Consumidor chegou a aumentar 9,3 pontos, “com perspectivas mais otimistas em relação à economia, às finanças pessoais e até quanto à intenção de compra de bens duráveis”. Apesar dos dados positivos, no entanto, o resultado geral da pesquisa mostra “que a confiança do consumidor continua baixa em termos históricos e com tendência indefinida para os próximos meses”. A edição de maio do Índice de Expectativa do Consumidor de 2016 coletou informações em 2.049 domicílios, entre os dias 2 e 19 de maio (ABr).

Safra 2016 de café deve passar de 49 milhões de sacas

Minas é o maior produtor de arábica do país, com 28,2 milhões de sacas.

A produção brasileira de café arábica e conilon em 2016 deve ser de 49,67 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, com um aumento de 14,9% em relação às 43,24 milhões de sacas alcançadas em 2015. Os dados do 2º Levantamento da Safra 2016 de café foram divulgados ontem (24), em Belo Horizonte, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em pleno período de bienalidade positiva, a cultura do café arábica, principalmente, está tendo melhores rendimentos.
Isso se deve ao aumento da área em produção e às condições climáticas favoráveis, com reflexo na produtividade que deve crescer 13,7% em relação à safra passada, alcançando 25,58 sacas por hectare. O arábica, que abrange 81% do total produzido no país, deve ter um incremento de 25,6% no volume de produção, com uma colheita de 40,27 milhões de sacas. Os maiores ganhos serão observados na região do Triângulo, sul e centro-oeste mineiro, além de regiões do estado de São Paulo.
Minas é o maior produtor de arábica do país, com 28,2 milhões de sacas. O conilon, que representa 19% do total nacional, tem uma produção estimada em 9,4 milhões de sacas, com uma queda de 16% frente à safra 2015 (11 milhões de sacas). O motivo é a falta de chuvas aliada às altas temperaturas, principalmente no Espírito Santo que é o maior produtor nacional e deve colher 5,95 milhões de sacas (Conab).