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Economia 22/11/2017

em Economia
terça-feira, 21 de novembro de 2017
No acumulado até setembro, foram negociados 1,75 milhão de unidades.

Vendas por consórcio batem recorde e somam mais de R$ 73 bi no ano

No acumulado até setembro, foram negociados 1,75 milhão de unidades.

As vendas de bens e serviços por meio de consórcios foram recorde em setembro, com o escoamento de 230 mil cotas

O resultado ficou 9% acima do registrado no mesmo mês do ano passado e bem superior à média mensal (194,4 mil) deste ano. No acumulado até setembro, foram negociados 1,75 milhão de unidades, 9,4% mais do que no mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, o volume de crédito comercializados cresceu 29,3%, atingindo R$ 73,57 bilhões.
Os dados são da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac). O balanço da entidade indica que todos os segmentos bateram recorde: veículos leves (108 mil cotas), motocicletas (78 mil), veículos pesados (6,25 mil), imóveis (31,5 mil), serviços (3,75 mil) e eletroeletrônicos (2,5 mil)
De janeiro a setembro, o setor de serviços foi o que mais avançou, com alta de 93,5%, seguido pelos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 44,7%, imóveis, com 27,3%, veículos pesados, com 15,4% e veículos leves, com 14,7%.
O presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi, prevê que o sistema de consórcio fechará o ano em alta e seguirá crescendo em 2018. Em nota, ele afirmou que o setor constatou, em pesquisa, grande interesse dos consumidores de buscar a modalidade como opção de investimento pessoal, familiar ou empresarial. Para Rossi, isso mostra um “comportamento consciente do consumidor quanto ao conhecimento e à adoção dos conceitos da educação financeira, ao praticá-los na gestão de suas finanças”.
Apesar desse salto, o número de consorciados contemplados diminuiu 5,6% de janeiro a setembro, somando 912,6 mil ante 967 mil no mesmo período do ano passado. Em valores, foi registrada estabilidade, ficando em R$ 29 bilhões. O número de participantes ativos alcançou 6,87 milhões em setembro, 1,9% abaixo do mesmo mês no ano passado (7 milhões) (ABr).

Cresce a demanda do consumidor por crédito

Os consumidores estão retornando ao mercado de crédito, influenciados pela redução da inflação.

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito em outubro cresceu 5,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano até outubro a busca do consumidor por crédito avançou 4,6%. Na comparação com setembro, houve alta de 5,3% na demanda do consumidor por crédito.
Para os economistas da Serasa Experian, a sexta alta interanual consecutiva deste indicador revela que os consumidores estão retornando ao mercado de crédito, influenciados pela redução da inflação, pela queda dos juros, pelo início de um processo de recuperação gradual do emprego formal e pelo maior grau de confiança dos consumidores na economia.
A alta ocorreu em todas as faixas de renda. Para os consumidores que ganham até R$ 500 por mês o avanço foi de 20,2%; para os que recebem entre R$ 500 e R$ 1.000, a alta foi de 1,9%; para quem ganha entre R$ 1.000 e R$ 2.000 o crescimento foi de 1,4%; para os consumidores que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000 mensais, o avanço em outubro/17 foi de 12,8% e, para os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000, a alta foi de 23,7%. Por fim, os consumidores de renda mensal acima de R$ 10.000, a demanda por crédito cresceu 22,1% (Serasa Experian).

Ministério da Saúde vai integrar o armazenamento e a distribuição

O Ministério da Saúde vai contratar uma única empresa para logística, armazenamento e distribuição de medicamentos e outros produtos do SUS. A medida é inédita e acabará com 15 contratos que atualmente prestam o serviço de forma descentralizada, como de locação de imóveis, manutenção dos equipamentos e mão de obra, limpeza. Com a mudança, deve aumentar em 20% o espaço para conservar os insumos, aprimorar o controle de prazos de validade e entregas, além de reduzir custo, segundo o Ipea.
A licitação no novo modelo foi publicada na segunda-feira (20) e garante a responsabilização da empresa desde a retirada do produto, nos portos ou aeroportos, o transporte, a armazenagem até a entrega. Assim, responde pelos desvios ou pelo mal acondicionamento do medicamento. A expectativa é que o novo fornecedor, a partir de ferramentas modernas, acompanhe inclusive informação sobre data de vencimento. Assim, será possível tornar esses serviços mais eficazes e coordenar melhor os gastos, pois evita valores adicionais além do previsto em contrato.
“Com o excesso de contratos e todos descentralizados é uma tarefa complexa coordenar de forma efetiva a qualidade dos serviços. A centralização diminuirá os riscos de perdas de medicamentos e insumos na armazenagem, garantirá mais agilidade na distribuição, reduzirá o tempo para o transporte e vai melhorar a infraestrutura. Com certeza, daremos maior agilidade na entrega”, enfatiza o ministro da Saúde, Ricardo Barros (Ag.Saúde).

STF nega recurso da Cemig

A Segunda Turma do STF negou ontem (21) recurso que poderia anular o leilão da Usina Hidrelétrica de Jaguara, que era operada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O colegiado rejeitou recurso da empresa que pretendia garantir a renovação automática do contrato de concessão com o governo federal.
No julgamento, seguindo voto do ministro Dias Toffoli, relator do caso, a Turma entendeu que o governo federal não tinha obrigatoriedade em assinar a renovação, que estava condicionada a cláusulas que deveriam ser cumpridas futuramente pela empresa. Seguiram o relator, os ministros Celso de Mello e Edson Fachin. Gilmar Mendes estava impedido e não julgou a ação.
A renovação da concessão das hidrelétricas está ligada a uma disputa que vem desde 2012. A Cemig foi uma das companhias que não aderiram na íntegra à MP que tinha como objetivo reduzir em cerca de 20% as tarifas com energia elétrica no país. A Cemig considerou as condições apresentadas desfavoráveis e optou por não renovar os contratos relacionados às suas usinas. Como as concessões não foram renovadas em 2012, o governo federal entende que a legislação em vigor lhe assegura o direito de realizar o leilão e autorizou que a Aneel organizasse o processo (ABr).