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Economia 21/07/2016

em Economia
quarta-feira, 20 de julho de 2016

Confiança do consumidor é melhor que no ano anterior

População confia na nova equipe econômica e na resolução da crise política.

Depois de ter registrado duas altas mensais consecutivas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da capital paulista apresentou uma leve queda de 0,4% em julho, passando dos 98 pontos em junho para os 97,7 pontos este mês

Porém, na comparação com o mesmo mês do ano passado houve alta de 15,5%. O ICC é apurado mensalmente pela FecomercioSP, o indicador varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa pessimismo e acima de 100, otimismo.
A queda em julho foi motivada pela retração do índice que mede as condições econômicas atuais, que caiu 2%, ao passar de 52,4 em junho para 51,3 pontos em julho e que representa um recuo de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 61,3 pontos.
Para os economistas da FecomercioSP, a gravidade da situação econômica atual pode ser confirmada observando a segmentação por gênero, em que as mulheres apresentaram queda de 3% ao passar de 45,7 em junho para 44,3. É a segunda retração mensal consecutiva do indicador que está 20,8% abaixo dos 56 pontos observados em julho de 2015.
Segundo a FecomercioSP, as condições econômicas atuais do consumidor permanecem ruins (inflação alta, desemprego em elevação, crédito escasso e caro, etc) e a recuperação observada nos últimos dois meses estava baseada, principalmente, na melhora das expectativas, resultado de um voto de confiança da população na nova equipe econômica e da esperança de uma resolução da crise política. Por outro lado, o índice mostrou elevação na comparação interanual confirmando a recuperação nessa base de comparação após três anos seguidos de retração.

Investidores esperam maior oferta de imóveis

Maioria dos entrevistados esperam que a oferta de imóveis  aumentará no segundo semestre.

Os consumidores que desejam comprar imóvel para investir acreditam que haverá aumento de oferta e queda de preços até o fim do ano. É o que mostra pesquisa do VivaReal, plataforma digital que conecta imobiliárias, incorporadoras e corretores com consumidores, que questionou quais são as expectativas para o segundo semestre de 2016. O perfil do consumidor pesquisado é aquele que busca o imóvel com o objetivo de fazer melhorias e usá-lo como fonte de renda por meio de locação ou revenda, e não como moradia.
De acordo com a pesquisa, 74% dos entrevistados esperam que a oferta de imóveis para venda ou locação aumentará no segundo semestre, enquanto 16% acreditam que se manterá estável e 7% que haverá redução. Já em relação ao número de pessoas interessadas em comprar ou alugar, 42% dos entrevistados afirmam que a demanda irá cair, 32% que ficará estável e 24% que irá aumentar.
A maioria destes consumidores (48%) também aposta em queda de preços até o fim do ano, enquanto 39% acreditam que devem ficar estáveis e apenas 7% que irão aumentar. Quanto à flexibilidade de negociação, 66% esperam que corretores e imobiliárias fiquem mais maleáveis e 25% dizem que este aspecto não terá nenhuma alteração no segundo semestre.
Para o CEO do VivaReal, Lucas Vargas, a percepção do consumidor normalmente não acompanha a realidade do mercado. “Mesmo com indícios de melhoria da economia e reaquecimento do mercado por volta de 2017, os investidores só mudarão de percepção quando sentirem no bolso. Fatores como recuperação de renda, diminuição do desemprego e inflação sob controle farão com que eles acreditem em um equilíbrio de oferta e demanda e reajuste dos preços”, afirma (VivaReal).

Ministério declara 15 estados áreas livres da peste suína clássica

Quinze estados foram declarados livres da peste suína clássica. A decisão do Ministério da Agricultura foi publicada ontem (20) no Diário Oficial da União. A doença é altamente contagiosa. O animal contaminado apresenta febre, manchas avermelhadas pelo corpo, paralisia nas patas traseiras e dificuldades respiratórias, podendo levar à morte. A peste suína clássica não é uma zoonose, ou seja, não infecta seres humanos.
A decisão do ministério abrange as seguintes unidades da federação: Acre, Bahia, DF, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e as cidades amazonenses de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste da cidade de Lábrea.
A determinação ainda proíbe que porcos e material genético desses animais, que tenham vindo de regiões que não estão livre da peste suína, entrem nessas localidades. A proibição também abrange produtos de origem suína, como carnes refrigeradas ou congeladas com ou sem osso; produtos industrializados frescos, crus, curados, salgados ou defumados; miúdos in natura ou salgados, gorduras; pele de porco; e ainda produtos de origem suína destinados à alimentação animal ou para uso em fertilizantes (ABr).