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Economia 20/06/2017

em Economia
segunda-feira, 19 de junho de 2017
As projeções permanecem abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,5%.

Mercado financeiro reduz projeção para inflação e PIB

As projeções permanecem abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,5%.

O mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação e para o crescimento da economia este ano

Segundo do boletim Focus, publicação elaborada todas as semanas pelo Banco Central (BC) com base em estimativas de instituições financeiras, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 3,71% para 3,64% este ano.
Essa foi a terceira redução seguida. Para 2018, a estimativa caiu de 4,37% para 4,33% no segundo ajuste consecutivo. As projeções permanecem abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,5%. Para junho, o mercado financeiro espera por deflação (-0,07%), após projetar estabilidade dos preços na semana passada. A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, foi reduzida de 0,41% para 0,40%, em 2017, no segundo ajuste consecutivo. Para o próximo ano, a projeção de crescimento da economia passou de 2,30% para 2,20% na quarta redução consecutiva.
Para as instituições financeiras, a taxa Selic encerrará 2017 e 2018 em 8,5% ao ano. Atualmente, a Selic está em 10,25% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação (ABr).

Consumo de energia elétrica recuou 2,5% no Estado

O balanço mensal de consumo de energia elétrica no Estado de São Paulo, realizado pela Secretaria de Energia e Mineração, foi divulgado e aponta uma retração em abril de 2,5% no consumo de eletricidade em relação ao mesmo mês do ano anterior. A energia elétrica utilizada no mês de abril totalizou 11.022 gigawatts/hora (GWh), contra 11.306 GWh em abril de 2016. A maior queda verificada no período foi no setor residencial com um recuo de 5,9%.
O setor industrial, que é responsável por 36,6% do mercado de eletricidade paulista, consumiu em abril 4.037 GWh, indicando um acréscimo de 1,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. “Apesar da queda no setor residencial, a indústria registrou uma pequena elevação, o que mostra uma estabilidade da produção das empresas e a perspectiva de melhoria da economia”, explica o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles. A classe residencial, com participação estadual de 29,4% apresentou um consumo de 3.240 GWh. O comércio, que representa 22,6% do mercado estadual, consumiu em abril 2.496 GWh.
Os demais setores (rural, iluminação pública, poder público, serviço público e consumo próprio) correspondentes a 11,4% do total, consumiram em abril de 2017, 1.249 GWh, acréscimo de 0,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. As principais informações sobre consumo de energia no Estado podem ser acessadas na ferramenta chamada Dados Energéticos, no site da Secretaria de Energia e Mineração disponível no endereço (www.energia.sp.gov.br).

BNDES aprova financiamento de R$ 1 bi para parques eólicos

O BNDES aprovou financiamento de R$ 1,037 bilhão para construção de três parques eólicos nos estados da Bahia e do Ceará, com potência total de 311,3 megawatts (MW). Os tomadores do empréstimo são os grupos EDF, ENEL e Aliança, esta última subsidiária da Vale e da Cemig Geração e Transmissão. Os mpreendimentos darão prioridade à utilização de equipamentos nacionais e deverão gerar em torno de 3 mil empregos diretos e indiretos durante as obras.
Os parques eólicos serão construídos nos municípios de Mulungu do Morro e Campo Formoso, na Bahia; e de Icapuí, no Ceará. As condições financeiras do banco para o setor eólico envolvem apoio de até 70% dos itens financiáveis, com custo 100% vinculado à TJLP, praticada nas operações da instituição. Além disso, o BNDES poderá avaliar a subscrição de até 100% de debêntures de infraestrutura emitidas pelo projeto.
Com a aprovação do financiamento, o total emprestado ao setor de energia eólica este ano chega a R$ 3,5 bilhões, quase o total aprovado pelo BNDES para projetos deste tipo no ano passado, que somou R$ 3,8 bilhões (ABr).