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Economia 20/06/2015

em Economia
sexta-feira, 19 de junho de 2015

DIMINUIU A INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS

No acumulado do ano, houve decréscimo de 243.948 vagas.

O Brasil registrou retração de 115.599 empregos com carteira assinada no mês de maio, na comparação com abril

No período, foram admitidos 1.464.645 trabalhadores, número inferior ao das admissões registradas no mesmo mês, 1.580.244. O saldo representa queda de 0,28% no número de vagas no mercado de trabalho. Os dados são do Caged, divulgado pelo Ministério do Trabalho. Em maio de 2014, o saldo de empregos formais foi positivo em 58.836 vagas.
No acumulado do ano, houve decréscimo de 243.948 vagas. No acumulado dos os últimos 12 meses, a retração chega a 452.853 postos de trabalho, o que, segundo o ministério, corresponde a um declínio de 1,09% no contingente total de empregos com carteira assinada do país. Dos oito setores pesquisados, apenas um obteve saldo positivo: a agropecuária, que abriu 28.362 vagas, 1,83% a mais do que o resultado de abril.
Em termos absolutos, a indústria da transformação foi o setor que registrou a maior queda, com eliminação de 60.989 postos de trabalho, variação negativa de 0,75% na comparação com abril. Em termos proporcionais, o pior resultado foi o da construção civil, que teve queda de 1% na comparação com abril, o que corresponde a 29.795 vagas a menos. O setor de serviços também registrou queda, com o fim de 32.602 empregos formais.
São Paulo foi a unidade federativa que mais demitiu, com redução de 23.037 postos de trabalho. O segundo pior resultado foi o do Rio Grande do Sul (-15.815), seguido pelo Rio de Janeiro (-11.105) e Minas Gerais (-10.024). Com retração de 2,73% no número de vagas, Alagoas foi o estado com pior resultado em termos proporcionais (ABr).

Atividade econômica teve queda de 0,84% em abril

atividade temporario

A atividade econômica do país registrou queda pelo segundo mês seguido. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou retração de 0,84% em abril, comparado a março. Em março, na comparação com fevereiro, a queda chegou a 1,51%, de acordo com dados revisados.
Na comparação entre abril deste ano e o mesmo mês de 2014, houve queda de 3,13%, de acordo com os dados sem ajustes, pois são períodos iguais na comparação. Em 12 meses encerrados em abril, a retração ficou em 1,3% e no ano, em 2,23%. O índice dessazonalizado em 12 meses apresentou queda de 1,38%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira a cada mês. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, mas o BC só divulga o resultado total do indicador. O indicador oficial sobre o desempenho da economia é o PIB, elaborado pelo IBGE, e divulgado por trimestres. Na avaliação do mercado financeiro, o PIB deve ter queda de 1,35%, este ano.
No primeiro trimestre deste ano, o PIB recuou 0,2% na comparação com o período anterior (outubro, novembro e dezembro de 2014). Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 1,6%, a maior retração desde o segundo trimestre de 2009 (-2,3%). Em 12 meses, o PIB acumulou queda de 0,9%.

Agricultura Familiar terá 20% mais recursos que em 2014

A presidenta Dilma Rousseff disse que o volume de recursos do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016 – que será lançado nesta segunda-feira (22) – será 20% maior que o da última safra (2014/2015), quando o governo repassou R$ 24 bilhões ao setor. Dilma fez o anúncio em discurso durante a inauguração do complexo acrílico da multinacional Basf, em Camaçari, na Bahia. “Vamos garantir que continuemos a fornecer alimentos de qualidade para a mesa dos brasileiros”, disse ela.
Dilma listou o Plano Safra da Agricultura Familiar, o Plano de Investimentos em Logística, anunciado há duas semanas, o novo plano de exportações (ainda sem data de lançamento) e a terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida como medidas da “agenda do futuro” do país, para ajudar na retomada da economia após o ajuste fiscal. A presidenta lembrou que uma das medidas do ajuste, o projeto que trata das desonerações na folha de pagamento para 56 setores da economia, ainda não foi votado pelo Congresso, mas disse que espera a aprovação até o fim de junho.
“Os ajustes são para equilibrar as contas públicas e, quanto mais rápido eles ocorrerem melhor, porque não queremos que nada interrompa o processo de desenvolvimento. Nenhum ajuste tem um fim em si mesmo, ele é feito para fornecer elementos para que possamos expandir e voltar a crescer aceleradamente”, disse Dilma. Ela afirmou que conta com a “grande parceria” dos parlamentares para aprovar a medida (ABr).