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Economia 19 a 21/11/2016

em Economia
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
O comércio e reparação de veículos concentrou o maior percentual de empresas de alto crescimento.

Empresas de alto crescimento geraram 46,7% dos postos de trabalho

O comércio e reparação de veículos concentrou o maior percentual de empresas de alto crescimento.

As 31.223 empresas de alto crescimento existentes em 2014, cujo aumento do número de empregados era de pelo menos 20% ao ano por um período de três anos consecutivos, geraram 46,7% dos postos de trabalho entre 2011 e 2014

A constatação é da pesquisa de Empreendedorismo 2014, divulgada pelo IBGE, em parceria com o Instituto Empreender Endeavor Brasil. Segundo o estudo, as empresas de alto crescimento com dez ou mais pessoas ocupadas assalariadas em 2011 representavam apenas 1,3% do total de empresas ativas com ao menos uma pessoa ocupada assalariada.
Ainda assim, entre 2011 e 2014, elas apresentaram um crescimento de 175% no número de pessoal ocupado, passando de 1,6 milhão de pessoas em 2011, para 4,4 milhões em 2014, um incremento de 2,8 milhões de postos de trabalho. Embora o maior número de empresas de alto crescimento esteja no setor de serviços (são 9.931), foi o setor de construção que apresentou a maior proporção de empresas de alto crescimento no total de empresa ativas com dez ou mais pessoas assalariadas: 9,6%. As atividades econômicas que concentraram essas empresas foram comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (26,5%); indústrias de transformação (20,5%); e construção (12,2%).
Em relação ao valor adicionado bruto, agregado aos bens e serviços no processo produtivo, as empresas de alto crescimento geraram, em 2014, R$ 241,4 bilhões, o equivalente a 12,8% do total de R$ 1,8 trilhão gerado nas empresas ativas com dez ou mais assalariados. Já o valor adicional médio (valor adicionado bruto dividido pelo número de empresas) das empresas de alto crescimento foi de R$ 8,2 milhões, acima, portanto, do verificado entre as empresas com dez ou mais pessoas ocupadas assalariadas (R$ 4,4 milhões).
Em 2014, existiam, no Brasil, 31.223 empresas de alto crescimento, que ocupavam cerca de 4,4 milhões de pessoas e pagavam R$ 103,2 bilhões em salários e outras remunerações. Apesar de representar “uma parcela pequena” no total das empresas ativas em 2014, as de alto crescimento em três anos chegaram a gerar 2,8 milhões de postos assalariados, destacando-se em termos de crescimento do número de postos de trabalho assalariados. De 2011 para 2014, o número de pessoal assalariado das empresas de alto crescimento passou de 1,6 milhão de pessoas para 4,4 milhões – variação de 175% e representando crescimento de 46,7% no número de postos gerados em empresas com uma ou mais pessoa assalariada (ABr).

O lucro do BNDES no terceiro trimestre

O BNDES fechou o mês de setembro com lucro líquido de R$ 4,2 bilhões, passando a acumular no terceiro trimestre do ano lucro líquido de R$ 6,4 bilhões. O resultado possibilitou a reversão do prejuízo apurado no primeiro semestre, que chegou a R$ 2,174 bilhões. Com os últimos resultados, a instituição passou a acumular, de janeiro a setembro, um lucro líquido de R$ R$ 4,2 bilhões. Os créditos tributários de R$ 4,5 bilhões sobre o estoque de provisão para risco de crédito do banco, que totalizaram R$ 11,6 bilhões em setembro, foram um fator decisivo para o lucro no terceiro trimestre.
Já o resultado acumulado de janeiro a setembro traz como destaque despesas com provisão para risco de crédito, que atingiram pouco mais de R$ 7 bilhões, um aumento de R$ 6,3 bilhões em relação ao mesmo período de 2015. Na avaliação do BNDES, a carteira de crédito e repasse da instituição manteve a boa qualidade, uma vez que concentra 97,4% de suas operações classificadas entre os níveis de AA e C – considerados de baixo risco. A proporção permanece superior à registrada pelo Sistema Financeiro Nacional, de 90,5% em 30 de junho deste ano (última data disponível)”.
Por outro lado, refletindo a retração da economia brasileira, o nível de inadimplência relativo ao período de 30 dias ficou em 1,96% ao final de setembro. Acima, portanto, do índice de 0,06% registrado em 30 de dezembro do ano passado.

Brasil amplia relações comerciais com Irã

As relações comerciais entre Brasil e Irã atingiram US$ 1,9 bilhão nos dez primeiros meses de 2016. O montante representa aumento de 46% sobre o volume que foi comercializado entre os países em 2015, quando foi registrada a soma de US$ 1,6 bilhão. Segundo o ministro da Indústria, Comércio, Marcos Pereira, ao participar de reunião da Comissão Comercial Bilateral Brasil-Irã, no Palácio Itamaraty, a expectativa é chegar a US$ 2,5 bilhões em 2017 e, nos próximos anos, superar o valor de US$ 5 bilhões.
Atualmente, o setor alimentício tem o maior peso nas trocas comerciais entre Brasil e Irã, com destaque para as exportações brasileiras de milho, soja e carne. Para o ministro Marcos Pereira, a relação está aquém do seu potencial. Durante a reunião, representantes dos dois países assinaram três acordos, entre eles um memorando de entendimento sobre cooperação em comércio e investimentos. O objetivo é ampliar a troca para outros insumos, como celulose, fumo e produtos de maior valor agregado, como aeronaves e equipamentos da área de saúde, além de transferência de tecnologias em biotecnologia, informação e comunicação.
O Brasil mantém relações diplomáticas com o Irã desde 1903. Um dos momentos de destaque da integração foi a Declaração de Teerã, em 2010, quando o Irã assinou acordo para rever seu programa de energia nuclear. O acordo levou o Brasil a se firmar como um importante mediador das questões de segurança internacional (ABr).