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Economia 19/09/2017

em Economia
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
Mais de um quarto dos entrevistados negativados declararam pouco ou nenhum controle de suas finanças.

41% dos inadimplentes têm pouco conhecimento sobre suas contas básicas

Mais de um quarto dos entrevistados negativados declararam pouco ou nenhum controle de suas finanças.

Será que um consumidor com nome inscrito em cadastros de inadimplência tem noção de seus gastos, dívidas e possui algum comportamento adequado de educação financeira?

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) tentou buscar essas respostas através de uma pesquisa nacional e revela que o conhecimento dos rendimentos e das contas entre os inadimplentes não é expressivo para a grande maioria.
O levantamento mostra que mais de um quarto dos entrevistados negativados declararam pouco ou nenhum controle de suas finanças: 47% sabem muito pouco ou nada sobre seus rendimentos e 41% sobre as contas básicas. Além disso, 59% dos inadimplentes têm pouco conhecimento sobre os valores dos produtos e serviços comprados no crédito que seriam pagos no mês seguinte à pesquisa. O número de parcelas das compras feitas no crédito também é bastante desconhecido: 40% dos inadimplentes sabem muito pouco ou nada a respeito.
“As contas básicas são justamente os gastos fixos, como contas de água e luz, telefone, plano de saúde, aluguel, condomínio, parcelas do carro e escola dos filhos. Esses tipos de gastos são muito sensíveis a uma redução de receita, ocasionada, por exemplo, por uma situação de desemprego ou por outro imprevisto ? já que as despesas vão continuar existindo, mas não haverá caixa para supri-las”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Assim, a pesquisa revela que uma consequência de negligenciar o conhecimento de seus próprios rendimentos e contas é o fato de 35% dos inadimplentes nunca ou na minoria das vezes conseguirem fechar o mês com todas as contas pagas, sem se endividar. Por outro lado, a compra de alimentos, produtos de higiene e limpeza (31%), seguido por pagar no prazo as contas básicas mensais (24%) e pagar as contas em atraso que geraram a negativação do nome do entrevistado (20%) são as prioridades de pagamento deste público (SPC/CNDL).

Mercado reduz projeção de inflação para 3,08% este ano e 4,12% em 2018

As estimativas para os dois anos permanecem abaixo do centro da meta de 4,5%.

O mercado financeiro voltou a reduzir a projeção para a inflação neste ano e em 2018. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central (BC), a estimativa do mercado financeiro para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 3,14% para 3,08% este ano, na quarta redução seguida. Para 2018, a projeção do IPCA foi reduzida de 4,15% para 4,12%, no terceiro ajuste consecutivo.
As estimativas para os dois anos permanecem abaixo do centro da meta de 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem um intervalo de tolerância entre 3% e 6%. Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 8,25% ao ano.
Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. Já quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
A expectativa do mercado financeiro para a Selic foi mantida em 7% ao ano no fim de 2017, e reduzida de 7,25% para 7% ao ano, ao final de 2018. A expectativa para a expansão do PIB foi mantida em 0,6% este ano. Para 2018, a estimativa de crescimento passou de 2,1% para 2,2% (ABr).

IGP-M tem inflação de 0,41% na segunda prévia de setembro

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou taxa de 0,41% na segunda prévia de setembro. A taxa é superior ao 0,03% registrado na segunda prévia de agosto. Com o dado, divulgado ontem (18) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-M acumula deflações (quedas de preços) de 2,16% no ano e de 1,51% em 12 meses.
A alta da taxa foi puxada pelos preços no atacado, já que o Índice de Preços ao Produtor Amplo, passou de uma deflação de 0,14% na segunda prévia de agosto para uma inflação de 0,63% em setembro. O Índice Nacional da Construção Civil também registrou inflação (0,22%) na segunda prévia de setembro, porém inferior à taxa de agosto (0,31%).
O Índice de Preços ao Consumidor, que mede o varejo, teve deflação de 0,10% em setembro, ante uma inflação de 0,36% em agosto. A segunda prévia do IGP-M é calculada com base em preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência (ABr).