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Economia 19/08/2015

em Economia
terça-feira, 18 de agosto de 2015

Receita do setor de serviços teve alta de 2,1% em junho

O segmento registra avanços de 2,3% no acumulado do ano e  de 3,5% no período de 12 meses.

O setor de serviços teve crescimento de 2,1% na receita nominal em junho deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado

A receita nominal não leva em conta os efeitos da inflação no período. A taxa é superior à de maio deste ano, que registrou alta de 1,1%, e à de abril, que teve avanço de 1,7%. O crescimento de junho é o mais baixo para o mês desde o início da série histórica, em 2012.
De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada ontem (18) pelo IBGE, o segmento registrava avanços de 2,3% no acumulado do ano e de 3,5% no período de 12 meses. Entre os subsetores, a principal alta no mês de junho foi observada nos serviços profissionais, administrativos e complementares (5,9%), seguida de transportes, serviços auxiliares do transporte e correio (4,4%). Os outros serviços também apresentaram crescimento (0,4%).
Os serviços prestados às famílias ficaram estáveis, enquanto os serviços de informação e comunicação tiveram queda de 1,7%. Na análise regional, as maiores altas foram registradas nos estados de Rondônia (15,9%), Alagoas (8,0%) e Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina (todas com 7,4%). Já oito estados tiveram queda na receita: Rio de Janeiro (-5,7%), Paraíba (-4,6%), Amapá (-4,3%), Maranhão (-2,9%), Rio Grande do Norte (-1,5%), Amazonas (-0,6%), Distrito Federal (-0,5%) e Bahia (-0,2%) (ABr).

Bancários pedem que BC não autorize venda do HSBC ao Bradesco

Segundo manifestantes, a venda diminui a concorrência e aumenta a concentração bancária.

Cerca de 40 bancários fizeram ontem (18) manifestação em frente ao Banco Central (BC) em Brasília contra a venda do HSBC ao Bradesco. No último dia 3, o Bradesco anunciou a compra do HSBC por R$ 17,6 bilhões. Segundo a coordenadora nacional da Comissão de Organização dos Funcionários do HSBC, Cristiane Zacarias, os manifestantes querem que o BC não autorize a compra. “Se olharmos o histórico de aquisições no passado, os empregos são perdidos”, disse.
Ela argumentou ainda que a venda diminui a concorrência e aumenta a concentração bancária. Se a venda for realmente aprovada, Cristiane defende que o emprego dos trabalhadores seja garantido. Depois da manifestação no centro de Brasília, os bancários seguiram para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que também vai analisar a operação de venda do HSBC ao Bradesco.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Paulo Frazão, os bancários participariam na Câmara de audiência pública para discutir o assunto, mas o evento foi cancelado. Então, eles decidiram fazer a manifestação em frente ao BC. “Estamos aqui em defesa dos nossos empregos. São 21 mil do HSBC e 93 mil funcionários do Bradesco. Pode haver desemprego tanto de um lado como do outro”, disse (ABr).

Empregos gráficos despencaram no segundo trimestre

No segundo trimestre, a indústria gráfica brasileira realizou 14.905 contratações e 19.299 demissões. O saldo revela um corte líquido de 4.394 postos de trabalho formais, enquanto no segundo bimestre do ano anterior o recuo havia sido de 985 postos. Os segmentos editorial (impressão de livros e revistas) e promocional responderam por 67% dos desligamentos. Os dados são do Caged, do Ministério do Trabalho, e traduzem o pior resultado da série desde 2008.
Com esse novo encolhimento, o setor fechou o semestre com 206.562 empregos ativos, resultado da forte retração de vagas que ocorre desde o início do ano. A situação é reflexo do difícil quadro de queda na produção física e do aumento no custo da mão de obra em níveis superiores à inflação e à variação de preços finais. Para se tornar competitiva, a indústria precisa manter os níveis salariais alinhados com os ganhos de produtividade e, no entanto, mão de obra foi o insumo que mais subiu em 2014, de acordo com estimativas da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf).
“Esse descolamento exige que as empresas operem com um quadro de funcionários mais enxuto para refazer o equilíbrio, mas há perspectiva de interrupção das demissões ainda ao longo deste ano”, avalia Levi Ceregato, presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf). O otimismo explica-se: apesar de impactar o custo dos insumos, a alta do dólar encarece as importações e turbina a produção local, contribuindo para o futuro do emprego.

Inflação na Venezuela chega a 213,12%

Inflação na Venezuela chega a 213,12%
A consultoria venezuelana Ecoanalítica estima que a inflação no país atingiu 213,2% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados ontem (18) pelo jornal “El Nacional”, que faz oposição ao governo de Nicolás Maduro.
O número é apenas uma projeção, já que o Banco Central da Venezuela não divulga informações oficiais sobre a alta dos preços há mais de meio ano. A mesma empresa diz que, em junho, a inflação ficou em 16,1%, chegando a 115,9% no primeiro semestre de 2015.
Ao diário, o economista Asdrubal Oliveros explicou que a consultoria usou alguns parâmetros não considerados pelos órgãos oficiais para chegar a essas cifras, como os preços encontrados nas redes de contrabando e o câmbio paralelo (ANSA).