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Economia 19/05/2017

em Economia
quinta-feira, 18 de maio de 2017
O café arábica, 78% do total produzido no país, deve recuar 18,3%.

Safra de café recua e previsão é de 45,5 milhões de sacas

O café arábica, 78% do total produzido no país, deve recuar 18,3%.

O volume de café produzido no país na safra 2017 deve ser de 45,5 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, com uma redução de 11,3% quando comparado às 51,4 milhões
de sacas de 2016

Os números, que representam o somatório das espécies arábica e conilon, estão no segundo levantamento da atual safra, divulgado ontem (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento.
O café arábica, 78% do total produzido no país, deve recuar 18,3%, estimando-se que sejam colhidas 35,4 milhões sacas. O ciclo de bienalidade negativa do grão é responsável pelo resultado, apesar das boas condições climáticas nas principais zonas de produção de Minas Gerais – maior produtor nacional, com 25,4 milhões de sacas. Por outro lado, o conilon, que responde por 22% do total produzido, deve registrar crescimento de 26,9% frente ao ciclo anterior, com uma produção estimada de 10,1 milhões de sacas.
A elevação se deve à recuperação da produtividade nos estados do Espírito Santo, da Bahia e de Rondônia, em razão da maior utilização de tecnologia do café clonal, de mais investimentos nas lavouras e das boas condições climáticas. Já a produtividade média prevista para as duas espécies deve recuar 7,5%, estimada em 24,35 sacas por hectare. O arábica, que mais sofre a influência do ciclo de bienalidade negativa, deve ter produtividade de 24,07 sacas por hectare e o conilon, de 25,41.

Atividade econômica vai piorar após delação

Atividade temproario

A delação do dono da JBS, envolvendo o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB), terá reflexos imediatos na economia brasileira, que vinha esboçando uma recuperação graças ao desempenho positivo do setor agrícola no primeiro trimestre. Segundo Nelson Marconi, coordenador do Fórum de Economia e professor da FGV EESP, a atividade econômica vai piorar ainda mais em função da incerteza política, da crise de confiança e do cenário fiscal.
“O único setor que vinha demonstrando sinais de melhora era o agronegócio, tanto que o emprego aumentou no interior do país, e como ele é exportador e depende das condições do mercado externo, vai ser pouco afetado pela crise”, diz Marconi. “No entanto, os demais setores serão impactados, pois os parcos investimentos serão paralisados, dada a crise de confiança. A redução da taxa de juros poderá ser interrompida (ou ter seu ritmo reduzido), e as reformas não serão aprovadas rapidamente. Talvez, nem sejam votadas”.
O economista considera positivo que a reforma trabalhista não seja votada agora, pois não foi discutida com a sociedade. No entanto, a postergação da reforma da previdência complicará mais o cenário fiscal. Segundo ele, caberá ao governo, seja lá qual for, blindar o Banco Central e o Tesouro Nacional. O dólar, por sua vez, terá grandes oscilações, e as empresas já estão sendo afetadas, com o valor das ações em bolsa caindo. “Infelizmente, a atividade econômica poderá piorar, saindo da atual estabilidade no fundo do poço”. Alterar esse cenário pouco positivo dependerá da condução ou não de novas eleições (FGV).

CAÍRAM AS VENDAS DE PRODUTOS SIDERÚRGICOS EM ABRIL

São Paulo – As vendas internas de produtos siderúrgicos caíram 12,8% em abril na comparação com o mesmo mês de 2016. No mês, a produção brasileira de aço bruto foi de 2,9 milhões de toneladas, 25,9% maior que no mesmo mês de 2016. A produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, aumento de 15,2% sobre abril de 2016. O consumo aparente somou 1,4 milhão de toneladas, queda de 9,0%. As importações cresceram 36,6% em volume, para 153 mil toneladas, e 20,6% em valor, para US$ 152 milhões em abril ante o mesmo mês do ano anterior. Por sua vez, as exportações caíram 18,4% em volume para 826 mil de toneladas e aumentaram 19,3% em valor para US$ 457 milhões na mesma comparação. No acumulado de quatro meses, a produção brasileira de aço bruto cresceu 14,5% para 11,1 milhões de toneladas ante o mesmo período de 2016, sendo que a de laminados foi a 7,3 milhões de toneladas, alta de 8,9%.
No período, as vendas internas caíram 3,6% para 5,2 milhões de toneladas em relação ao mesmo período de 2016, enquanto o consumo aparente cresceu 1,4%, para 5,9 milhões de toneladas.Ainda no acumulado de janeiro a abril, as importações cresceram 64,6% para 790 mil toneladas, e 33,6% em valor, a US$ 676 milhões. Já as exportações subiram para 4,6 milhões de toneladas e valor de US$ 2,3 bilhões, crescimento, respectivamente, de 8,9% e 46,8% em valor na mesma base de comparação (AE).

CVM monitora companhias envolvidas na Lava Jato

Em comunicado divulgado ontem (18), no Rio de Janeiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que está “acompanhando as recentes notícias veiculadas pela imprensa e monitorando o funcionamento ordenado dos mercados de valores mobiliários”. A CVM é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda responsável pela fiscalização do mercado de capitais, conforme determina a Lei 6.385/76, que criou o órgão regulador do mercado.
Todos os fatos relativos a companhias abertas ou outros participantes do mercado de valores mobiliários ligados à Operação Lava Jato vêm sendo objeto de análise pela autarquia, diz o comunicado. A CVM mantém acordos de cooperação com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. Em decorrência disso, afirmou que novas ocorrências na Lava jato “serão devidamente apuradas e incorporadas nas análises”.
A Supervisão Baseada em Risco da CVM faz o acompanhamento das notícias envolvendo companhias abertas, além de analisar todas as demandas recebidas de investidores e do público em geral, informou a comissão (ABr).