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Economia 18/08/2015

em Economia
segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Instituições acreditam em queda da economia também em 2016
 

A projeção é que haja queda de 0,15% no PIB, no próximo ano.

A informação consta do boletim Focus, do Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia

Para este ano, a projeção do PIB continua piorando: a estimativa de queda passou de 1,97% para 2,01%, no quinto ajuste seguido. Na avaliação do mercado financeiro, a produção industrial deve apresentar retração de 5%, este ano, contra 5,21% previstos na semana passada. Em 2016, há expectativa de recuperação do setor, com crescimento de 1%, ante a previsão anterior de 1,15%.
O encolhimento da economia vem acompanhado de inflação acima da meta (4,5%, com limite superior de 6,5%). Mas, pela primeira vez depois de 17 semanas seguidas, a projeção parou de subir. A estimativa das instituições financeiras para o IPCA, este ano, foi mantida em 9,32%. Para o próximo ano, a projeção passou de 5,43% para 5,44%.
Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015 e ser reduzida em 2016. A projeção mediana (desconsidera os extremos da estimativa) para o fim do próximo ano passou de 12% para 11,88% ao ano. A pesquisa do BC também traz a projeção para a inflação medida pelo IGP-DI, que passou de 7,66% para 7,67%, este ano. Para o IGP-M, a estimativa subiu de 7,69% para 7,74%, em 2015. A estimativa para o IPC-Fipe passou de 9,17% para 9,23%, este ano.
A projeção para a cotação do dólar, ao final este ano, subiu pela quarta vez seguida, ao passar de R$ 3,40 para R$ 3,48. Para o fim de 2016, na terceira alta seguida, a projeção passou de R$ 3,50 para R$ 3,60 (ABr).

Caixa lidera ranking de reclamações de clientes contra bancos

A principal reclamação dos clientes foi a restrição à portabilidade de crédito consignado.
 A Caixa Econômica Federal liderou o ranking de reclamações de clientes contra instituições financeiras em julho, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC). No total, foram 983 reclamações consideradas procedentes, ou seja, o BC verificou indícios de descumprimento de lei ou regulamentação. 

Para elaborar o ranking, as reclamações são divididas pelo número de clientes da instituição financeira que originou a demanda e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada instituição financeira para cada grupo de 1 milhão de clientes. No caso da Caixa, o índice ficou em 12,85. Na sequência, o Bradesco, com índice de 12,80. Em terceiro lugar, ficou o HSBC, com 7,56. Nessa lista, estão as instituições financeiras com mais de 2 milhões de clientes.
Em nota, o Bradesco disse que sua posição no ranking do Banco Central “reflete a inclusão de registros específicos decorrentes de processos que já foram ajustados e que visam à constante melhoria no atendimento aos clientes”. “A qualidade de atendimento sempre foi nosso foco, como atestam os rankings de 2013 e 2014, e está priorizada nos programas de treinamento contínuo ao nosso quadro de colaboradores”, acrescentou o Bradesco. A Caixa e o HSBC ainda não se manifestaram sobre o assunto.
Em julho, a principal reclamação dos clientes foi a restrição à portabilidade de crédito consignado, com 807 casos. Em segundo lugar, estão as reclamações relacionadas a irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito (ABr).

 

Inadimplência do consumidor continua em alta

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor começou o segundo semestre com crescimento de 0,6%, na comparação com o mês anterior (junho). Na análise interanual – julho de 2015 x julho de 2014 – o indicador teve elevação de 19,4%. No acumulado do ano até julho, na comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice também subiu 16,8%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o desemprego crescente bem como a inflação e os juros altos tem prejudicado a saúde financeira do consumidor, dificultando-o a manter os seus pagamentos em dia. Na decomposição do indicador, a inadimplência não bancária, (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) foi a responsável pela alta do indicador, com aumento de 3,5% e contribuição de 1,6 p.p.
A elevação do índice mensal não foi maior ainda porque as dívidas com os bancos apresentaram queda de 2,2% e contribuíram negativamente com 1,0 p.p. Os títulos protestados e os cheques sem fundos apresentaram contribuição nula nos resultados de julho.