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Economia 17 a 19/02/2018

em Economia
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
Em dezembro, o setor cresceu 1,3% em volume na comparação com o mês anterior.

Setor de serviços fecha 2017 com queda de 2,8%, segundo IBGE

Em dezembro, o setor cresceu 1,3% em volume na comparação com o mês anterior.

O volume de serviços no Brasil caiu 2,8% em 2017, na comparação com o ano anterior. Já a receita nominal fechou o ano com alta de 2,5%

Os dados constam da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada na sexta-feira (16) pelo IBGE.
Em dezembro de 2017, o setor de serviços cresceu 1,3% em volume na comparação com novembro. Na comparação com dezembro de 2016, o volume cresceu 0,5% e interrompeu uma sequência de 32 quedas consecutivas.
“Estávamos desde março de 2015 sem resultados positivos [na comparação do mês com o mesmo período do ano anterior]. É um resultado só, não podemos ainda afirmar que se trata de uma recuperação. Mas, lógico, é um fato positivo. Por enquanto, só podemos ver essa reação no segmento de transportes”, disse o gerente da pesquisa, Roberto Saldanha. A receita nominal cresceu 0,9% na comparação com novembro e 5% na comparação com dezembro de 2016.
Cinco dos seis segmentos do setor de serviços tiveram queda no volume no ano de 2017, com destaque para os outros serviços, com recuo de 8,9%, e os serviços profissionais, administrativos e complementares, que caíram 7,3%.
Também tiveram queda os serviços prestados às famílias (-1,1%), os serviços de informação e comunicação (-2%) e as atividades turísticas (-6,5%). Os serviços de transporte, auxiliares de transporte e correios foram os únicos com alta em 2017: 2,3%.
Segundo Saldanha, o segmento dos transportes foi impulsionado pelo setor industrial, “que é o grande demandante desse serviço”. Na comparação de dezembro com novembro de 2017, quatro segmentos tiveram alta: atividades turísticas (2,8%); serviços de transportes, auxiliares de transportes e correios (2,3%); serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%) e outros serviços (0,7%) (ABr).

Carnaval de rua movimentou R$ 400 milhões na cidade de São Paulo

O Carnaval de São Paulo teve cerca de 60% do público com idade entre 18 e 30 anos.

A FecomercioSP estima que o Carnaval da capital paulista se consolidou como um evento de expressividade econômica, movimentando, até o momento, cerca de R$ 400 milhões. Para a Entidade, o Carnaval de rua de São Paulo, além do tradicional desfile das escolas de samba no Anhembi, trará uma nova dinâmica econômica para a cidade no mês em que ocorre. A movimentação do comércio e dos serviços na cidade durante o período coloca o Carnaval entre a lista dos principais eventos do calendário, ao lado da Formula 1 e da Parada do Orgulho LGBT.
Para a presidente do Conselho do Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, o movimento econômico durante a realização dos blocos de rua no carnaval ficou concentrado nos setores de alimentação, transportes e fantasias. “É importante notar que não se trata de injeção de dinheiro na economia, exceto pelo gasto dos turistas, razão pela qual se faz premente o debate sobre a relação entre qualidade de vida e desenvolvimento do turismo, pois o turista segue as práticas de lazer dos moradores, como historicamente se viu em Salvador, Recife e Rio de Janeiro”.
A professora contextualiza a frequência de 9 milhões de pessoas, divulgada pela prefeitura: “Algo em torno de 2 milhões de pessoas se alternando entre os blocos em cada dia, com gasto médio diário em torno de R$ 45, principalmente em bebidas, alcoólicas e não alcoólicas. São, em sua maioria, residentes de São Paulo e da Grande São Paulo”, afirma Mariana. Os dados da SPTuris, CET, Airbnb, entidades da hotelaria, e relatos dos organizadores dos blocos indicam que o Carnaval de São Paulo teve cerca de 60% do público com idade entre 18 e 30 anos, gastando em média R$ 45 por dia com bebidas e transporte (AI/FecomercioSP).

Inadimplência do consumidor inicia 2018 em queda

Segundo estudo desenvolvido pela área de Decision Analytics da Serasa Experian, em janeiro o número de consumidores inadimplentes no país era de 60,1 milhões. Na comparação com dezembro de 2017 (60,4 milhões), o índice teve queda de 0,5%, ou seja, a segunda consecutiva, já que em dezembro x novembro o indicador já tinha caído 1,15%. O montante alcançado pelas dívidas em janeiro deste ano foi de R$ 265,6 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.420 por pessoa.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a queda da inadimplência dos consumidores, tanto em dezembro quanto em janeiro, reflete a maior utilização do 13º salário na quitação das dívidas em atraso, inclusive com os consumidores aproveitando os descontos oferecidos pelos credores em feirões de renegociação de dívidas promovidos no fim do ano passado. Além disto, a manutenção da inflação e dos juros em patamares baixos e a melhora gradual na situação da renda e do emprego favorecem o recuo da inadimplência.
Apesar de as dívidas atrasadas com bancos e cartões de crédito terem a maior representatividade dentro do índice, a queda em janeiro deste ano foi puxada principalmente pelo segmento de Utilities (água, luz e gás), que caiu 0,5 p.p em relação a dezembro de 2017. A maior concentração dos negativados está no gênero masculino, que representa 50,9% dos inadimplentes. As pessoas com idade entre 41 e 50 anos representam a maior parte dos consumidores com débitos vencidos. Em segundo lugar no ranking de participação entre os inadimplentes estão os jovens de 18 a 25 anos, que respondem por 14,4% do total (Serasa Experian).

Recuperação de crédito cresceu 0,3% em janeiro

O indicador de recuperação de crédito – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base da Boa Vista SCPC – apontou crescimento em janeiro de 0,3%, na comparação mensal com ajuste sazonal. Já na análise acumulada em 12 meses, houve queda de 1,1% (fevereiro de 2017 até janeiro de 2018 frente aos 12 meses antecedentes). Na comparação com o mesmo mês de 2017 a alta foi de 4,2%.
Em termos regionais, na comparação acumulada em 12 meses, observou-se alta na região Sul (5,4%) e Sudeste (0,1%). Em sentido oposto, a região Nordeste foi o destaque negativo (-6,7%), seguido do Norte (-6,6) e Centro-Oeste (-3,4%).
Apesar da queda no acumulado em 12 meses, algumas regiões já conseguiram reverter suas tendências ao longo do último ano, efeito ligado ao gradual aumento da atividade econômica e melhoria do mercado de trabalho. Caso esse cenário continue, espera-se convergência da recuperação de crédito para as demais regiões em níveis positivos do decorrer dos próximos meses de 2018 (SCPC).