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Economia 17/08/2017

em Economia
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
É nos supermercados que os consumidores mais percebem o aumento dos preços.

Confiança do consumidor cresce e atinge 41,4 pontos em julho

É nos supermercados que os consumidores mais percebem o aumento dos preços.

Mesmo com incertezas no cenário político e econômico, a confiança do consumidor voltou a crescer e atingiu 41,4 pontos em julho, ante os 39,4 pontos do mês anterior

Os dados do Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que o consumidor brasileiro segue cauteloso ao avaliar o desempenho da economia e da própria vida financeira.
“Ainda que o cenário traçado em julho tenha sido ligeiramente melhor do que o traçado em junho, quando o país esteve sob o impacto de novas turbulências no campo político, o número segue abaixo do que se considera satisfatório e, devido às incertezas ainda presentes, não se pode descartar novos retrocessos no humor do consumidor”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
De acordo com o levantamento, 81% dos consumidores avaliam negativamente as condições atuais da economia brasileira. Para 15%, o desempenho é regular e para apenas 2% o cenário é positivo. Entre aqueles que avaliam o clima econômico como ruim, os principais sintomas são o desemprego elevado (51%), o aumento dos preços (24%), apesar da desaceleração da inflação, e as altas taxas de juros (10%).
Já quando se trata de responder sobre a própria vida financeira, o número de consumidores insatisfeitos é menor do que quando se avalia a economia do Brasil como um todo, mas ainda assim é elevado. De acordo com a sondagem, 41% dos brasileiros consideram a atual situação financeira como ruim ou péssima. Se o custo de vida incomoda, é nos supermercados que os consumidores mais percebem o aumento dos preços: 72% notaram que os preços aumentaram nesses locais. Para 62%, também aumentou o preço da energia elétrica.
“O momento atual é ruim para a economia e isso claramente afeta a vida financeira dos consumidores”, avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “Porém, a percepção de deterioração da economia é mais acentuada do que na vida pessoal” (Fonte: SPC Brasil/CNDL).

Indústria paulista fechou 2 mil vagas em julho

No acumulado do ano, o saldo está positivo em 8 mil postos de trabalho.

A indústria paulista fechou o mês de julho com demissão de 2 mil trabalhadores, queda de 0,08% na comparação com o mês anterior, na série sem ajuste sazonal. Na análise com ajuste, cede 0,10%. O resultado representa estabilidade para o período, avalia Paulo Francini, diretor titular do Departamento de Pesquisas da Fiesp e do Ciesp (Depecon), área responsável pela pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo divulgada ontem (16).
No acumulado do ano, o saldo apurado está positivo em 8 mil postos de trabalho (0,37%), sendo esse o melhor resultado desde 2013, quando foram contratados 55,5 mil trabalhadores. “Alguns setores, como máquinas e equipamentos, produtos de borracha e veículos automotores surpreenderam com contratações, influenciados pelas exportações que têm ganhado fôlego”, destacou. Francini argumenta ainda que “o equilíbrio é muito bom para quem vinha em sucessiva queda, mas para quem busca crescimento, ainda não é”, concluiu.
Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de julho, 9 ficaram positivos, com destaque para o de máquinas e equipamentos (1.426); produtos de borracha e de material plástico (1.142); veículos automotores, reboque e carrocerias (1.107). Do outro lado, 11 ficaram no campo negativo, com destaque por conta de produtos alimentícios, fechamento de 2,07 mil vagas; produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-1,6 mil) e couro e calçados (-1,08 mil). Houve estabilidade em 2 setores (AI/Fiesp).

Setor de serviços teve crescimento de 1,3% entre maio e junho

Em todo o país, o volume do setor de serviços cresceu 1,3% na passagem de maio para junho. O segmento já tinha apresentado altas de 0,5% em maio e 1,1% em abril. Já a receita nominal aumentou 1% em junho. Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços foram divulgados ontem (16), no Rio de Janeiro, pelo IBGE.
Nos demais tipos de comparação, os serviços tiveram queda no volume: comparação com junho de 2016 (-3%), acumulado do ano (-4,1%) e acumulado de 12 meses (-4,7%). Já a receita nominal teve alta: comparação com junho de 2016 (3,2%), acumulado do ano (1,6%) e acumulado de 12 meses (0,6%). Entre as seis atividades de serviços pesquisadas, cinco tiveram alta no volume na passagem de maio para junho deste ano, com destaque para as atividades turísticas (5,3%).
Também tiveram crescimento os segmentos de transportes e correio (1%), serviços prestados às famílias (1%), serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%) e outros serviços (0,7%). Apenas a atividade de serviços de informação e comunicação teve queda entre maio e junho: -0,2% (ABr).

Brasil exporta café para 113 países

As exportações dos Cafés do Brasil, nos sete primeiros meses de 2017, foram realizadas para 113 países, totalizando 16,787 milhões de sacas de 60kg e receita cambial de US$ 2,891 bilhões, o que representa aumento no faturamento de 7,2% em comparação com o mesmo período de 2016.
O preço médio por saca exportada foi de US$ 172,25, o que também significou incremento, em relação ao mesmo período citado, de 16,5%. No entanto, o volume exportado de café de janeiro a julho de 2017 foi 8% inferior ao mesmo período de 2016, que contabilizou 18,255 milhões de sacas (Embrapa).