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Economia 16 a 18/07/2016

em Economia
sexta-feira, 15 de julho de 2016

Indústria paulista perdeu 57 mil vagas de trabalho no 1º semestre

Economista Paulo Francini.

No primeiro semestre de 2016, a indústria paulista perdeu 57.500 postos de trabalho. Só no mês de junho, sem ajuste sazonal, a retração foi de 0,73% em relação ao mês de maio, o equivalente a 16.500 postos a menos

Os números são da pesquisa de Nível de Emprego da Fiesp e do Ciesp.
De acordo com o economista Paulo Francini, a variação neste semestre
(-2,50%) foi idêntica à registrada nos primeiros seis meses de 2015. “2016 é a continuidade de uma tragédia, apesar de termos fechado o segundo trimestre um pouco melhor do que no ano passado”, explica.
Para Francini, a projeção para este ano é a eliminação de 165.000 vagas de trabalho, contra perda de 235.500 vagas no ano passado. “Se somarmos, temos 400 mil empregos a menos, oito estádios de futebol cheios. Existem sinais de que o ritmo de queda vai se atenuar, mas o emprego é a última variável a parar de cair. Torcemos e temos esperança de que isso aconteça”, afirmou o economista.
Em junho, 20 dos 22 setores pesquisados registraram queda nas vagas de emprego. O setor de Informática foi o único a contratar (2,16%), e o de Produtos Farmoquímicos e Farmacêuticos se manteve estável (0,03%). Os setores que se destacaram negativamente em relação ao nível de emprego foram Máquinas e Equipamentos (-3.112 postos); Confecção de Artigos do vestuário e Acessórios (-3.092 postos); e Couro e Calçados (-2.348 postos) – (Fiesp).

BC recebeu mais de 2,7 mil reclamações contra bancos

Reclamações no BC chegaram a quase 3 mil.

Clientes bancários registraram 2.792 reclamações no Banco Central (BC) contra as instituições financeiras em junho. A principal reclamação, com 349 casos, envolve a oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada. Em segundo lugar, 294 queixas consideradas procedentes pelo BC foram relacionadas a irregularidades relativas a integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços relacionados a cartões de crédito.
Em terceiro lugar, com 267 casos, situam-se as reclamações classificadas como “outras irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços”. Entre as instituições com mais de 2 milhões de clientes, o banco BMG segue liderando o ranking de reclamações desde janeiro deste ano. No início do ano, o banco passou a ter mais de 2 milhões de clientes e desde então lidera a lista.
Em segundo lugar, vem o banco Pan, com índice de 37,92, 78 queixas e 2.056 clientes. Até maio, o banco Pan tinha menos de 2 milhões de clientes. Naquele mês, o Pan ficou em quarto lugar no ranking de instituições com menos de 2 milhões de clientes. O banco Itaú-Unibanco ficou em terceiro lugar, com índice de 9,45, 572 reclamações e 60,486 milhões de clientes em junho (ABr).

O uso do FGTS para empréstimo consignado

O Diário Oficial da União publicou no último dia 15, a Lei 13.313, que autoriza o trabalhador do setor privado a usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como garantia de empréstimo consignado. Na quarta-feira (13), o plenário do Senado aprovou a MP 719, que permite que trabalhadores do setor privado contratem crédito consignado utilizando até 10% do saldo do FGTS como garantia.
O texto também permite a contratação de empréstimo dando como garantia até 100% do valor da multa rescisória, no caso de dispensa sem justa causa. As taxas de juros médias do crédito consignado estão entre 25% e 30% ao ano no setor público e para os aposentados. No setor privado, no entanto, por causa da alta rotatividade, as taxas estão em torno de 41%. Com o novo tipo de garantia, o objetivo é reduzir a cobrança de juros (ABr).