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Economia 15/07/2016

em Economia
quinta-feira, 14 de julho de 2016

Varejo paulista eliminou 3.730 empregos formais em maio

Nos cinco primeiros meses do ano, foram quase 61 mil empregos perdidos.

Em maio, o comércio varejista no Estado de São Paulo eliminou 3.730 empregos com carteira assinada, resultado de 70.656 admissões e 74.386 desligamentos, o pior saldo para o mês desde o início da série histórica em 2007

Com isso, o estoque ativo de trabalhadores do varejo paulista atingiu 2.069.041 no mês, redução de 3,5% em relação a maio de 2015 – mesma taxa registrada na comparação entre abril de 2015 e de 2016, o que parece ser um sinal de que o quadro parou de piorar.
Nos cinco primeiros meses do ano, foram quase 61 mil empregos perdidos. Vale ressaltar que, no mesmo período de 2015, o saldo estava no negativo em 45.290. Considerando-se o saldo acumulado em doze meses, são 76.139 empregos formais extintos. Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista, realizada mensalmente pela FecomercioSP com base nos dados do Ministério do Trabalho e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Rais.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o quadro ainda é grave já que o número de empregos no setor atingiu o menor patamar desde março de 2012. Entretanto, o fato de a taxa de retração do estoque de empregos no comparativo anual ter permanecido em 3,5% nos meses de abril e maio pode indicar que o mercado de trabalho varejista no Estado passa por um momento de inflexão na sua movimentação de vagas. Por mais que o processo seja lento, este talvez seja o primeiro sinal de que é possível que o varejo pare de registrar saldos negativos tão elevados.

Pesquisa mostra a retração do mercado imobiliário

O mercado potencial do País é de 1,4 milhão de novos domicílios por ano até 2025.

De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário, rea­lizada pelo Secovi-SP, em maio foram vendidas 1.059 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. O volume é 10,4% inferior ao total vendido em abril (1.182 unidades) e 50,7% abaixo do volume de vendas de maio de 2015 (2.149 unidades). No acumulado de janeiro a maio, foram comercializadas, na capital paulista, 5.097 unidades residenciais, volume 27,9% inferior ao total vendido no mesmo período de 2015 (7.070 unidades).
O total vendido em 2016 é o menor registrado pela pesquisa, cuja média dos acumulados de janeiro a maio dos anos de 2004 a 2015 é de 10,5 mil unidades. É importante considerar que o atual comportamento do mercado imobiliário é conjuntural e não estrutural. Segundo a FGV, o mercado potencial do País, excluindo o crescimento do déficit habitacional, ainda é de expansão de aproximadamente 1,4 milhão de novos domicílios por ano até 2025, considerando a formação de novas famílias e as que pretendem sair do aluguel.
“A expectativa é que a conjuntura econômica e o mercado imobiliário tenham alcançado o ponto mais baixo. Agora, diante das perspectivas de melhoria implantadas pelo novo governo federal, como aquelas para sanear o déficit público e o controle da inflação, percebemos a retomada gradativa da confiança dos consumidores e empresários”, opina Flavio Amary, presidente do Sindicato da Habitação (Secovi).

PIB acumula queda de 4,7% em 12 meses

O Produto Interno Bruto (PIB) acumula queda de 4,7% em 12 meses, segundo o Monitor do PIB de maio da FGV. Dez dos 12 setores produtivos pesquisados têm queda no acumulado de 12 meses, com destaque para a indústria da transformação (-9,9%), comércio (-9,9%), transporte (-7,4%) e construção (-5,7%). Outros setores com redução no acumulado de 12 meses são outros serviços (-3,7%), serviços de informação (-3,3%), indústria extrativa mineral (-3%), agropecuária (-2%), intermediação financeira (-0,6%) e administração pública (-0,2%).
Essa é a 17ª queda consecutiva do indicador, que registrou recuo ligeiramente inferior ao observado em abril (-4,8%). Apenas dois itens acumulam alta nesse período: serviços imobiliários (0,2%) e eletricidade (2,5%). Sob a ótica da demanda, apenas o setor externo é favorável para o PIB, com exportações crescendo 9,6% e as importações recuando 17,3%. A demanda interna é negativa nos três segmentos analisados: formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos (-15,8%), consumo das famílias (-5,4%) e consumo do governo (-1,2%) (ABr).