90 views 6 mins

Economia 15/04/2016

em Economia
quinta-feira, 14 de abril de 2016

Atividade econômica manteve-se estável no mês de fevereiro

No primeiro bimestre houve retração de 10,0% da atividade industrial e de 3,8% do setor de serviços.

O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal) avançou 0,1% em fevereiro. Contudo, na comparação com o mesmo mês do ano passado, a retração da atividade produtiva do país foi de 4,2%

No acumulado do primeiro bimestre, a atividade econômica recuou 5,3% perante o primeiro bimestre do ano passado. De acordo com os economistas da Serasa Experian, a alta de 0,1% interrompeu uma série de dez quedas mensais consecutivas e pode ser atribuída mais a um efeito-calendário do que uma reversão da atual tendência de queda da atividade econômica do país.
Assim, apesar desta alta pontual, dificilmente não presenciaremos uma nova retração da economia neste primeiro trimestre. Pelo lado da oferta agregada, a atividade agropecuária crescendo 2,1%, foi a principal responsável pelo resultado positivo em fevereiro. Também contribuiu, porém em menor escala, a alta de 0,2% do setor de serviços. Do ponto de vista da demanda agregada, o consumo das famílias avançou 0,4% e as exportações 1,4%. Também contribuiu para o resultado positivo da atividade econômica em fevereiro a retração de 0,1% das importações. Já pelo lado negativo houve retrações de 1,0% no consumo do governo e de 3,9% dos investimentos.
No acumulado do primeiro bimestre, a queda de 5,3% da atividade econômica foi provocada, principalmente, pelas retrações de 10,0% da atividade industrial e de 3,8% do setor de serviços. Pelo lado da demanda, destacam-se a queda de 17,3% dos investimentos e de 6,7% do consumo das famílias. A retração da atividade econômica só não foi maior por causa do setor externo: alta de 13,6% das exportações e recuo de 23,8% das importações.

Safra de cana 2016/17 cresce em produção e área

A variação se deve ao crescimento da área colhida de 5,4%.

A safra de cana-de-açúcar deverá chegar a 691 milhões de toneladas, com um aumento de 3,8% em relação à safra anterior, quando foram colhidas 665,6 milhões de toneladas. A variação se deve ao crescimento da área colhida de 5,4%. Este é o primeiro levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A área colhida deverá ser de cerca de 9 milhões de hectares, com um aumento de 468,2 mil hectares em relação à última safra, quando ocupou 8,6 milhões de hectares. Se confirmada, esta será a maior área colhida no Brasil.
A estimativa de produção de açúcar é de aumento de 12% em relação à safra anterior (33,4 mi t), baseado na expectativa de evolução da área colhida, podendo chegar a 37,5 milhões de toneladas. Por outro lado, a produção de etanol total será de 30,3 bilhões de litros, com uma redução de 0,4% ou 121 milhões de litros a menos que na safra anterior, quando foram produzidos 30,4 bilhões de litros.
O etanol anidro, utilizado na mistura com a gasolina, terá aumento de 4,7% ou 528 milhões de litros, passando de 11,2 bilhões para 11,7 bilhões de litros. Para o etanol hidratado, utilizado nos veículos flex, a produção é de 18,6 bilhões de litros, com uma redução de 3,4% (649 milhões de litros) quando comparado com a da safra anterior, de 19,2 bilhões (Conab/Mapa).

Ovos frescos para o Japão

O Brasil é o maior fornecedor de ovos frescos para o Japão. Nos dois primeiros meses deste ano, os japoneses importaram 805 toneladas do produto, sendo 680 toneladas do Brasil. Isso corresponde a 84,6% do volume total. A receita foi de US$ 1,084 milhão. Em 2015, o Brasil foi, pela primeira vez, o principal fornecedor de ovos aos japoneses, com 530 toneladas, o equivalente a 35% do total das importações.
De acordo com o adido agrícola no Japão, Marcelo Mota, o crescimento nas vendas externas ocorreu após a definição de um modelo de certificado sanitário para amparar às exportações dos produtos, acordada em agosto de 2015. A certificação sanitária brasileira é baseada no fato do país ter plantéis comerciais livres de enfermidades avícolas importantes para o setor, como influenza aviária e doença de Newcastle.
Segundo Mota, os bons números mostram a possibilidade de abertura e expansão de mercado para produtos do agronegócio brasileiro não tradicionalmente presentes na pauta de exportação. Segundo o IBGE, a produção brasileira de ovos de galinha foi de 2,92 bilhões de dúzias em 2015 e cresceu 3,5% comparada a 2014 (Mapa).