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Economia 14/12/2017

em Economia
quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Artigos de uso pessoal e doméstico tiveram maior queda (-3,5%).

Comércio varejista teve queda de 0,9% em outubro

Artigos de uso pessoal e doméstico tiveram maior queda (-3,5%).

O volume de vendas do comércio varejista teve queda de 0,9% de setembro para outubro deste ano, segundo dados da pesquisa divulgada ontem (13) pelo IBGE

O recuo ocorreu depois de uma alta de 0,3% observada em setembro, na comparação com o mês anterior.
Na média móvel trimestral, o comércio teve queda de 0,4%. Nos outros tipos de comparação temporal, no entanto, o comércio teve as seguintes altas: na comparação com outubro de 2016 (2,5%), no acumulado do ano (1,4%) e no acumulado de 12 meses (0,3%).
Dos oito setores pesquisados, cinco tiveram queda no volume de vendas de setembro para outubro, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,5%). Os demais setores em queda foram tecidos, vestuário e calçados (-2,7%), móveis e eletrodomésticos (-2,3%), artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria (-0,7%) e supermercados, alimentos, bebidas e fumo (-0,3%). Três atividades tiveram alta: combustíveis e lubrificantes (2,4%), livros, revista e papelaria (2,4%) e equipamentos e material de informática, escritório e comunicação (3,4%).
O comércio varejista ampliado, que também inclui os resultados dos setores de veículos e materiais de construção, teve queda de 1,4% de setembro para outubro. Os veículos, motos, partes e peças recuaram 1,9% e os materiais de construção, 1%. Nos outros tipos de comparação temporal, o varejo ampliado teve os seguintes resultados: média móvel trimestral (-0,2%), comparação com outubro de 2016 (7,5%), acumulado do ano (3,2%) e acumulado de 12 meses (1,4%) (ABr).

2017 representa a saída da recessão, a pior da história

O principal problema econômico é a questão fiscal, e em especial a previdência.

Para Marcel Balassiano, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, a economia brasileira em 2018 deve crescer mais do que em 2017. O ano representou a saída da recessão – a pior da história do Brasil. “A economia vai crescer 2,8% em 2018. A inflação já recuou bastante, e provavelmente vai ficar abaixo do limite inferior de tolerância (3,0%) esse ano e abaixo da meta novamente no ano que vem, algo em torno de 4%. A taxa Selic, que já recuou de 14,25% para 7%, terá mais uma queda para 6,75% na primeira reunião do Copom em 2018 e a manutenção desse percentual ou algo próximo, ao longo do ano”.
O pesquisador afirma que a taxa de desemprego continuará na trajetória de queda, apesar de ainda estar num nível bastante elevado. Balassiano ressalta ainda que o principal problema econômico é a questão fiscal, e em especial a previdência. E, como 2018 será um ano eleitoral, essas eleições vão ser muito importantes para os rumos do país nos próximos anos.
“Como já há alguns anos o Brasil vem de crises políticas, o principal problema econômico é a questão fiscal, com o governo prevendo déficit primário até 2020. Equilibrar a previdência é fundamental nesse cenário, por isso fazer a reforma nessa área é tão importante. Se a reforma não acontecer nesse governo, essa agenda vai ter que ficar para o próximo governo. E, mesmo que aconteça alguma reforma, outros pontos ainda vão ter que ser discutidos e melhorados depois”, avalia o economista (Insight).

Natal deve superar vendas da Black Friday

Os dados apresentam uma linha evolutiva mostrando que o período de recessão da economia brasileira está dando espaço para uma visão mais otimista para 2018. Entre os e-commerces pesquisados, o faturamento foi de quase R$ 45 milhões entre a quinta-feira (23/11) e o domingo (26/11) da semana da Black Friday. A sexta-feira, principal dia, foi responsável por quase 50% da receita total.
Para o Natal, a previsão de alta gira em torno de 50% em relação a 2016. No último ano, o crescimento foi de 39% em comparação a 2015. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico espera que o setor movimente neste ano R$ 8,428 bilhões.
“Com a recuperação da economia nacional, o consumidor tem voltado a comprar cada vez mais e o e-commerce nacional tem registrado boas taxas de crescimento. Nossa expectativa é de números ainda maiores em 2018”, explica Willians Marques, diretor-geral da Tray, unidade de e-commerce da Locaweb.

Agilidade na importação de trigo da Rússia

Uma instrução normativa do Ministério da Agricultura torna mais ágil a importação de trigo da Rússia. A medida altera uma regra que dificultava a entrada do trigo com determinadas pragas sujeitas a quarentenas, como ervas daninhas. Mas de acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luis Rangel, isso só será possível “desde que a presença seja informada pelos russos e sejam adotadas medidas contundentes de mitigação dos riscos no Brasil”.
Segundo Ragel, a medida de mitigação definitiva de eventuais pragas presentes no produto é o processamento do trigo. “É viável e elimina completamente a praga”, garante o secretário. Ele acrescentou que o processamento do trigo é equivalente à fumigação. “Esse era o tratamento previsto desde 2009, só fizemos alguns ajustes”, disse Rangel (ABr).

Prorrogado prazo para usar FGTS

O prazo para os trabalhadores usarem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para pagar parcelas atrasadas do financiamento habitacional foi prorrogado para até o final de 2018. O prazo terminaria neste mês. A medida foi aprovada durante reunião do Conselho Curador do FGTS que ocorreu ontem (13), em Brasília, informou o Ministério do Trabalho.
O ministéro lembra, no entanto, que, pela regra, não é possível usar o valor do FGTS para quitar toda a parcela. O fundo pode cobrir apenas 80% do valor da parcela. Ou seja, se a parcela atrasada for de R$ 1 mil o fundo pode ser usado para pagar R$ 800. Os R$ 200 restantes têm que ser desembolsado pelo trabalhador. O FGTS pode ser usado também para dar entrada no financiamento de imóveis e para abater ou quitar a dívida (ABr).