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Economia 14/05/2019

em Economia
segunda-feira, 13 de maio de 2019
Chineses tempsroario

Chineses prometem aumentar investimentos no Brasil

A ministra Tereza Cristina começou ontem (13) mais uma etapa da viagem à Ásia com reuniões e eventos em Xangai.

Chineses tempsroario

Tereza Cristina participa de rodada de negociações com investidores chineses em Xangai. Foto: Mapa/Divulgação

Encontrou-se com investidores chineses, que prometeram aumentar os investimentos no Brasil. A missão também divulgou os cafés especiais brasileiros em uma cafeteira. Tereza Cristina apresentou dados do setor agropecuário e áreas com potencial de crescimento para um grupo de 40 investidores chineses com projetos no Brasil.

Os investidores informaram que pretendem aumentar o montante aplicado no Brasil, em setores de sementes, suinocultura, infraestrutura e ferrovias. Revelaram interesse em obras ferroviárias, como a Ferrogrão – corredor ferroviário para escoamento de grãos da Região Centro-Oeste, que será construído entre Sinop (MT) e Itaituba (PA), onde fica o Porto de Miritituba. O projeto é orçado em US$ 3,37 bilhões e o edital deve ser lançado no quarto trimestre de 2019.

Outra obra citada foi a Fiol (ferrovia que ligará Ilheús (BA) a Figueirópolis (TO) para escoar minério de ferro da região de Caetité e grãos) e a Norte-Sul (principal via para o escoamento de grãos pelo Arco Norte com investimentos estimados em US$ 680 milhões). Os chineses também demonstraram grandes expectativas em relação às medidas a serem adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para destravar a economia do país.

O primeiro compromisso da delegação foi a divulgação de cafés especiais brasileiros na SeeSaw cafeteria. O mercado chinês de consumo de café vem crescendo. A ministra lembrou que o cafezinho é símbolo de amizade no Brasil. “Hoje, depois de tantos anos, o café brasileiro pode ser considerado café gourmet, espalhado pelo mundo. Gostaríamos que a China tomasse mais café”, disse (Mapa).

Expansão do PIB deve ficar em 1,45%, estimam economistas

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Projeção de crescimento da economia continua em queda. Foto: Shutterstock

Agência Brasil

O mercado financeiro continua a reduzir a estimativa de crescimento da economia. Pela 11ª vez seguida caiu a projeção para a expansão do PIB. Desta vez, a estimativa foi reduzida de 1,49% para 1,45% este ano. Para 2020, a projeção foi mantida em 2,50%, assim como para 2021 e 2022. Os números são do boletim Focus, publicação semanal elaborada com base em perpectivas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos, e divulgado pelo Banco Central.

A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permaneceu em 4,04%, este ano. Para 2020, a previsão segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração: 3,75%. A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar segue em R$ 3,75 no fim de 2019 e em R$ 3,80 no fim de 2020.

Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022. Para controlar a inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,5% ao ano até o fim de 2019. Para o fim de 2020, a projeção segue em 7,50% ao ano. Para o fim de 2020 e 2021, a expectativa permanece em 8% ao ano.

Aumentaram os recursos para financiamento de veículos

O total de recursos liberados para o financiamento de veículos no Brasil registrou aumento significativo no primeiro trimestre. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 18,6%, somando R$ 34 bilhões, ante aos R$ 28 bilhões acumulados em 2018. “Este cenário reforça nossa confiança no crescimento econômico e no desenvolvimento social do país, que, aos poucos, vem se recuperando”, afirma Luiz Montenegro, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras.

No caso das operações realizadas na modalidade de crédito CDC, que representam a grande maioria das vendas, o crescimento foi de 19% no acumulado do ano, enquanto empréstimos realizados por leasing tiveram um pequeno recuo de 3,9%, totalizado R$ 443 milhões. O financiamento segue como a principal modalidade de compra procurada pelos consumidores, representando 55% do total de vendas de veículos e comerciais leves no trimestre.

No caso dos comerciais, que englobam caminhões e ônibus, o Finame se destaca e representa pouco mais da metade de todos os negócios realizados, totalizando 51%. Já as vendas de motocicletas, em sua maioria, prosseguem com o financiamento em alta, representando 40% dos negócios dos três primeiros meses de 2019 (AI/ANEF).

Vendas a prazo no Dia das Mães cresceram 0,11%

A lenta recuperação da economia frustrou a expectativa de um crescimento mais vigoroso do varejo para o Dia das Mães de 2019. O volume de vendas a prazo na semana anterior à data (entre os dias 5 a 11 de maio) apresentou uma pequena alta de 0,11% na comparação com o mesmo período do ano passado. Este ano, mais da metade (65%) dos consumidores planejavam pagar os presentes à vista em vez de parcelar as compras.

Em 2018, as vendas haviam crescido 4,36%, após acumularem três anos consecutivos de queda: -0,91% (2017), -10,88% (2016) e -2,82% (2015), respectivamente. Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o resultado reflete o cenário de dificuldades para a consolidação da retomada da economia.

“Ainda há muitos obstáculos a serem enfrentados, o que de certa forma vem frustrando a expectativa de uma recuperação mais forte no volume de vendas em datas comemorativas. E esse crescimento tímido nos resultados do Dia das Mães não foi suficiente para retornarmos ao patamar de crescimento anterior à crise econômica”, destaca Pellizzaro Junior. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).