Serviços teve o maior número de recuperações judiciaisEstudo feito pela Serasa Experian, que abrange os anos de 2005 a 2015, mostra que os setores de comércio, indústria e serviços bateram recorde histórico em recuperações judiciais requeridas no ano passado O levantamento abrange os meses de janeiro a dezembro de cada ano. No total, foram 1.287 recuperações judiciais requeridas em 2015, número 55,4% maior do que em 2014, quando foram registradas 828 solicitações. A recuperação judicial requerida representa o momento em que a empresa entra com o pedido de recuperação em juízo, acompanhado da documentação prevista em lei, e que será analisado pelo juiz. Neste momento, a Justiça verificará se o pedido poderá ser aceito. O setor de serviços foi o que mais apresentou recuperações requeridas em 2015, com 480 pedidos, seguido do comércio, com 404, e da indústria, com 359. Segundo os economistas da Serasa Experian, o aprofundamento da recessão econômica, os custos do crédito cada vez mais elevados e a alta acumulada do dólar neste ano estão impondo dificuldades financeiras às empresas, seja pelo enfraquecimento da geração de caixa (recessão), seja pela elevação de custos (juros e dólar). Neste ambiente, a solvência empresarial fica pressionada, culminando em aumentos nos pedidos recuperações judiciais e acarretando no recorde histórico para os três setores (Serasa). |
Materiais de Construção: setor continua em queda pelo 24º mêsDados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, Abramat, indicam que tanto o faturamento das indústrias de materiais, quanto o número de empregos no setor permanecem em queda. Os números apresentados em janeiro indicaram retração de 20,5% no faturamento em comparação com o mesmo mês de 2015. Este é o vigésimo quarto resultado negativo consecutivo, levando em consideração esta base de comparação. Já em relação a dezembro de 2015, janeiro indica pequeno crescimento, de 5%. O cenário também é negativo no que diz respeito ao nível de empregos nas indústrias de materiais de construção, ao indicar queda de 8,9%, na relação com janeiro de 2015. As condições adversas que predominam desde o segundo semestre de 2015 permanecem tanto no segmento do varejo, quanto no das construtoras, agravadas pela forte intensidade das chuvas nesse inicio de ano, que prejudicam o andamento das obras. Para o presidente da Abramat, Walter Cover, “o setor só vai observar uma reação no mercado a partir de abril ou maio”. O executivo acredita que “a implementação de medidas de crédito para as indústrias de materiais de construção, a retomada do Minha Casa – Fase3, além das obras de infraestrutura, se de fato implementadas, podem voltar a dar algum fôlego ao setor”. Outro fator que pode contribuir para um cenário menos pior do que o apresentado em 2015 é a substituição de importações e o aumento das exportações, auxiliadas pelo câmbio. A expectativa da Associação, neste primeiro mês do ano, para o faturamento deflacionado das indústrias de materiais de construção, em 2016, é de retração de 4,5% em comparação com 2015 (Abramat). | IGP-M acumula taxa de 12,01% em 12 mesesA primeira prévia de fevereiro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 1,23%. Com a prévia, em 12 meses, o IGP-M acumula taxa de inflação de 12,01%, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O aumento de preços no período de um mês, de acordo com a primeira prévia de fevereiro, foi superior ao registrado na primeira prévia de janeiro. O avanço da taxa foi provocado pelos preços no atacado, no varejo e pelo custo da construção. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, subiu de 0,35% na primeira prévia de janeiro para 1,44% na primeira prévia de fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor, que avalia o varejo, cresceu de 0,73% para 1,07%. Já o Índice Nacional do Custo da Construção passou de 0,05% para 0,31% no período. A primeira prévia de fevereiro do IGP-M foi calculada com base em preços coletados entre os dias 21 e 31 de janeiro. SABESP: ECONOMIA DE 14,8 BILHÕES DE LITROS DE ÁGUA EM JANEIRONa Grande São Paulo, 77% dos atendidos pela Sabesp reduziram o consumo de água em janeiro. O percentual é o mesmo registrado em dezembro. No total, foram economizados, segundo a estatal estadual, 14,8 bilhões de litros de água no mês, o suficiente para abastecer 1,83 milhão de pessoas. A diminuição do consumo permitiu que 65% dos clientes da companhia se encaixassem nas faixas de bônus e obtivessem descontos na conta de água. Também se manteve estável a parcela de usuários que aumentou o consumo (23%), sendo que 14% foram sobretaxados. Janeiro foi o último mês antes da alteração nas regras de cálculo do programa de bônus na conta de água. A partir do último dia 1º, os valores médios de consumo, que servem de base para o programa, passaram a ser multiplicados por 0,78. Com isso, o consumidor precisa diminuir ainda mais o uso da água para ter direito ao desconto. Por exemplo, com o novo cálculo, uma casa que teve consumo médio de 10 mil litros no período de referência (fevereiro de 2013 a janeiro de 2014) terá de passar a consumir, no máximo, 7 mil litros para alcançar, ao menos, 10% de desconto na conta. Quem economiza no consumo de água ganha bônus de 10% no valor da conta de água, desde que reduza o uso entre 10% e 15% em relação ao valor de referência. Para os que reduzem o uso entre 15% e 20%, o desconto é de 20%, e os que diminuem em mais de 20% são enquadrados na faixa de 30% de desconto. As chuvas e a economia de água ajudaram na recuperação dos mananciais que abastecem a região metropolitana de São Paulo. Segundo a Sabesp, o conjunto de reservatários encerrou o mês, de acordo com a companhia, com 884,55 bilhões de litros armazenados (ABr). |