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Economia 10/03/2017

em Economia
quinta-feira, 09 de março de 2017
Agrotóxicos causam 200 mil mortes por envenenamento a cada ano, dizem pesquisas da FAO.

Especialistas recomendam banir o uso de pesticidas

Agrotóxicos causam 200 mil mortes por envenenamento a cada ano, dizem pesquisas da FAO.

Dois relatores especiais que fazem parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Hilal Elver e Baskut Tuncak, defendem a criação de um tratado global para regulamentar e acabar com o uso de pesticidas na agricultura

Eles postulam por práticas agrícolas sustentáveis em prol da saúde humana. Segundo os especialistas, os padrões atuais de produção e uso de pesticidas são muito diferentes em cada país e causam sérios impactos aos direitos humanos.
O alerta é assinado pela relatora especial ao Direito à Alimentação da ONU, Hilal Elver, e pelo relator especial sobre implicações para os direitos humanos do manejo ambiental e descarte de substâncias perigosas. Os relatores especiais trabalham para as Nações Unidas de forma independente e sem receber salário.
Os especialistas citam pesquisas que mostram que os agrotóxicos causam cerca de 200 mil mortes por envenenamento a cada ano em todo o mundo. Quase todas as fatalidades, ou 99%, ocorrem em países em desenvolvimento, onde, segundo eles, as leis ambientais são fracas.
A exposição aos pesticidas está ligada ao câncer, às doenças de Alzheimer e Parkinson, e a problemas hormonais, de desenvolvimento e de fertilidade. Agricultores e famílias que moram próximas de plantações com agrotóxicos, comunidades indígenas, grávidas e crianças são os mais vulneráveis.
Eles afirmam que o uso abusivo e desordenado de agrotóxicos contamina solos, água e prejudica o valor nutricional dos alimentos. Segundo um estudo sobre o mercado de agrotóxicos no Brasil divulgado pela Anvisa, o comércio desses produtos no Brasil cresceu 190% entre 2000 e 2010, mais que o dobro da média mundial, de 93% (ONU News).

Setor têxtil e de confecção quer reformas estruturais

Presidente da Abit, Fernando Valente Pimentel.

“Os dados do IBGE relativos à queda de 3,6% do PIB em 2016 expressam a tragédia que acometeu a economia brasileira nos últimos anos”, frisou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Valente Pimentel, acrescentando: “A produção de vestuário (-6,7%) e a têxtil (-5,3%) foram coerentes com a grave retração do País”. Apesar disso, estima-se que ambos os segmentos tenham crescimento, ainda tênue, de 1% em 2017.
“Acreditamos que a economia nacional, após todas as derrocadas que experimentou, tenha uma leve expansão este ano”, disse o presidente da Abit, ponderando que “é hora de encarar os desafios que temos pela frente e de recolocar o País no caminho da prosperidade”. Contudo, alertou que a retomada de um ciclo consistente e duradouro de crescimento somente será viável com a queda dos juros, restabelecimento do crédito e adoção de taxa de câmbio competitiva, em curto prazo, e com a aprovação da reforma previdenciária e da trabalhista, cujos projetos estão em curso.
“Também é fundamental a reforma tributária, contemplando a desoneração das empresas e o fim da guerra fiscal”. Tais avanços são muito importantes, pois reduziriam o custo da produção, melhorariam o ambiente de negócios e atrairiam novos investimentos. No caso específico das relações trabalhistas, “é preciso flexibilizá-las, adequá-las à nova realidade da economia, conferir soberania às negociações entre empregadores e empregados e reduzir o percentual dos salários recolhido pelo governo, de modo a aumentar o valor real dos rendimentos dos trabalhadores e reduzir os ônus das empresas”, ressaltou Pimentel.

Aumentou o saldo da Balança Comercial Paulista

Em janeiro de 2017, o agronegócio paulista apresentou exportações crescentes (+64%), atingindo US$ 1,46 bilhão; as importações setoriais subiram menos (+13,9%), somando US$ 410 milhões, resultando em aumento de 98,1% no saldo comercial em relação ao primeiro mês de 2016 (US$ 530 milhões), alcançando US$ 1,05 bilhão. Os dados são do Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria de Agricultura.
As exportações do Estado somaram US$ 3,41 bilhões (22,9% do total nacional), e as importações, US$ 4,37 bilhões (35,8% do total nacional), registrando um déficit de US$ 960 milhões. Em relação a janeiro de 2016, o valor das exportações paulistas aumentou 36,4%, e o das importações 10,1%, com queda no déficit comercial (-34,7%). José Roberto Vicente, pesquisador da Secretaria, afirma que “há que se destacar que, o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo e crescente”.
Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura, destaca que estudos sobre a balança comercial dos agronegócios são importante fonte de conhecimento do setor. “A análise do comportamento das exportações e importações paulistas e brasileiras, produzidas pelo IEA, permite que a Secretaria de Agricultura formule políticas públicas específicas para o setor, que está alavancando a economia paulista”, ressalta (SAA).

Usado para reajustar aluguel, IGP-M acumula 5,10%

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado no reajuste de contratos de aluguel, acumula taxa de 5,10% em 12 meses, segundo a primeira prévia de março do indicador, medido pela FGV. A prévia de março ficou em 0,25%, acima da taxa de 0,10% da primeira prévia de fevereiro.
A alta da taxa entre as prévias de fevereiro e março foi influenciada pelos preços do atacado e pela construção civil. A taxa de inflação do Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, subiu de 0,01% na primeira prévia de fevereiro para 0,23% na prévia de março. Já o Índice Nacional de Custo da Construção foi de 0,39% para 0,54% no período.
E o Índice de Preços ao Consumidor, que mede a variação de preços do varejo, teve uma queda na taxa de inflação, ao passar de 0,22% na primeira prévia de fevereiro para 0,17% na primeira prévia de março (ABr).