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Economia 01/08/2017

em Economia
segunda-feira, 31 de julho de 2017
Aumento de impostos sobre combustíveis teve reflexos na estimativa da inflação para este ano.

Com alta de tributos sobre combustíveis, estimativa para inflação sobe para 3,4%

Aumento de impostos sobre combustíveis teve reflexos na estimativa da inflação para este ano.

O mercado financeiro ajustou pela segunda semana seguida a projeção para a inflação este ano, após o aumento da tributação sobre combustíveis

A projeção para o IPCA subiu de 3,33% para 3,40%. Há duas semanas, a estimativa estava na sétima redução seguida, em 3,29%. A expectativa consta do boletim Focus, do Banco Central, com projeções para os principais indicadores econômicos.
No último dia 20, o governo anunciou o aumento das alíquotas do PIS e da Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol. O aumento dos tributos fez com que as instituições financeiras parassem de reduzir a estimativa para a inflação no próximo ano. Há duas semanas, a projeção para o IPCA é mantida de 4,20%. Mesmo com o aumento na projeção para este ano e manutenção para 2018, os cálculos para a inflação permanecem abaixo do centro da meta de 4,5%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%.
Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 9,25% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
De acordo com a previsão do mercado financeiro, a Selic encerrará 2017 em 8% ao ano. Para o fim de 2018, a expectativa caiu de 8% para 7,75% ao ano.
A estimativa do mercado financeiro para a expansão do PIB foi mantida em 0,34% para este ano. Para 2018, a projeção segue em 2% (ABr).

Famílias paulistanas freiam tomada de crédito

As famílias temem os efeitos da nova crise política.

Apesar dos sinais de reação na atividade econômica, os três anos de crise parecem ter deixado sequelas no comportamento de compra das famílias paulistanas que seguem avessas à tomada de crédito e estão buscando a recomposição de suas reservas financeiras, corroídas ao longo do período de recessão. Isso é o que aponta a Pesquisa de Risco e Intenção e Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela FecomercioSP. O Índice de Intenção de Financiamento caiu 20% na comparação com junho, passando de 17,5 para 14 pontos.
Isso significa que apenas 6,5% dos paulistanos têm intenção de contrair financiamento nos próximos três meses, a menor proporção desde junho de 2012, início da série histórica. Em relação a julho de 2016, quando o indicador registrava 14,7 pontos, houve queda de 5,3%. Por outro lado, o Índice de Segurança de Crédito, que mede a capacidade de pagamento dos consumidores com base na posse de reserva financeira, registrou elevação de 11,6% na comparação mensal, atingindo 83,7 pontos no mês atual, ante os 75,1 pontos registrados em junho – é 5,1% superior ao apurado em julho de 2016, quando o indicador marcava 79,7 pontos.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, os sinais de que a economia começa a voltar ao normal no Brasil, depois de quase três anos de recessão e inflação, a pior combinação possível, estão se confirmando. As famílias temem, porém, os efeitos da nova crise política, que envolve os principais partidos e personagens do País e o desemprego que segue em níveis elevados. Segundo a Entidade, há evidente risco desse ambiente conturbado na política contaminar o cenário econômico, que até o momento tem se mostrado surpreendentemente descolado do mau humor político (FecomercioSP).

Índice de Confiança de Serviços avança 1 ponto

O Índice de Confiança de Serviços avançou 1,0 ponto na passagem de junho para julho e chegou a 82,9 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), com a alta, o indicador recuperou parte da perda de 2,8 pontos registrada na passagem de maio para junho.
A alta da confiança atingiu empresários de nove das 13 atividades de serviços pesquisadas. No mês anterior, apenas quatro atividades haviam apresentado alta. Os empresários estão mais confiantes tanto no momento presente quanto em relação ao futuro.
O Índice da Situação Atual subiu 1,1 ponto e chegou a 78,6 pontos. Já o Índice de Expectativas cresceu 0,9 ponto e atingiu 87,4 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade subiu de 81,5% em junho para 82,1% em julho (ABr).