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Confiança da construção fica estável com melhor nível desde 2014

em Economia
segunda-feira, 27 de setembro de 2021

A expectativa de melhora da demanda foi corrigida para baixo, pressionada pela elevação das taxas de juros. Foto: Fernando Frazão/ABr

O Índice de Confiança da Construção (ICST) de setembro, divulgado ontem (27) pelo Ibre/FGV, ficou em nível de estabilidade, variando 0,1 ponto, para 96,4 pontos. Este é o maior nível desde fevereiro de 2014, quando o indicador estava em 96,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, é o quarto mês seguido de alta, com 1,3 ponto. De acordo com a coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, Ana Maria Castelo, a expectativa de melhora da demanda foi corrigida para baixo, pressionada pela elevação das taxas de juros do crédito imobiliário.

“O segmento de Edificações Residenciais foi o que acusou a maior queda do indicador de demanda prevista. Ainda assim, a confiança das empresas acomodou num patamar mais favorável desde 2014 por uma ligeira melhora da percepção sobre à situação corrente. Ou seja, a retomada da atividade ganha força na percepção empresarial, mas diminui o otimismo com a continuidade desse ciclo”.

Ana Maria explica que houve melhora no Índice de Situação Atual (ISA-CST), que subiu 0,8 ponto, para 92,7 pontos, alcançando o maior nível desde agosto de 2014, quando o índice estava em 93 pontos. A alta foi influenciada pelo aumento da satisfação em relação à situação atual dos negócios, que refletiu na alta de 1,8 ponto no indicador, para 92,2 pontos. Já o indicador de carteira de contratos caiu 0,2 ponto, para 93,3 pontos.

Por outro lado, foi registrada queda nas expectativas em relação aos próximos meses, com o Índice de Expectativas recuando 0,7 ponto, para 100,2 pontos, nível considerado neutro. A queda foi influenciada pela piora de demanda prevista, que caiu 1,6 ponto, para 101,2 pontos. Já o indicador tendência dos negócios ficou relativamente estável, subindo 0,3 ponto, para 99,2 pontos.

Ana Castelo destaca que a evolução recente das atividades das empresas de Edificações Residenciais alcançou o melhor resultado desde setembro de 2013. “O indicador começa a refletir de forma mais significativa o ciclo de negócios do mercado imobiliário, que desde o ano passado vem acusando bons resultados. Crédito em expansão e baixas taxas de juros contribuíram para impulsionar as vendas que agora se traduzem em obras e emprego” (Abr).