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Temer sinaliza abertura a investimento estrangeiro, diz vice-ministro da Itália

em Destaques
sexta-feira, 25 de novembro de 2016

De passagem pelo Brasil para liderar uma missão de empresários italianos, o vice-ministro de Desenvolvimento Econômico da Itália, Ivan Scalfarotto, afirmou na sexta-feira (25), que o governo do presidente Michel Temer tem dado sinais importantes de abertura do País para investimentos estrangeiros e que muitos dos projetos de concessão anunciados são “ideais” para empresas italianas.

Os sinais positivos de Temer, explicou o vice-ministro italiano, também estão relacionados a questões de procedimento, como transparência em licitações, maior segurança quanto a prazos e tarifas que possibilitam retorno aos investimentos. “Muitos dos 34 projetos de concessão (do Projeto Crescer, anunciado em setembro) são ideais para nossas empresas, que são empresas que nunca trabalham em uma ótica de curto prazo, trabalham para criar parcerias locais”, disse Scalfarotto, antes de participar de fórum em São Paulo.
O vice-ministro ressaltou também que, apesar de o Brasil estar em uma recessão há dois anos, as previsões para o ano que vem são de crescimento e que este é o momento para reafirmar o valor estratégico da parceria entre os dois países. “Ainda mais quando as coisas não indo 100% bem”, afirmou.
Scalfarotto, que se reuniu em Brasília com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o encontro foi excelente, com uma conversa cordial e franca. “O mais importante é que há uma especial abertura e disponibilidade para compartilhamento de projetos comuns, abertura que conhecemos no papel e os especialistas em Brasília veem como algo a ser colocado em prática”, afirmou.
Em relação às negociações de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, o vice-ministro lembrou que as conversas foram retomadas em 2016 após terem ficado suspensas por 12 anos e reforçou que a Itália é favorável ao acordo. “Esperamos que isso possa melhorar o intercâmbio comercial entre Itália e Brasil, que em muitos casos é freado por causa de alíquotas muito altas e outras barreiras não tarifárias”, declarou.
Sobre a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, o vice-ministro garantiu que o discurso de campanha do republicano não é compartilhado pelo governo italiano “de forma radical”, em especial no que se refere à postura protecionista. “Mas temos de esperar para saber se na prática ele fará com rigor as coisas que ele afirmou ou se dará mais leveza a suas posições”, afirmou (AE).