O novo ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que vai buscar, junto à equipe econômica do presidente interino Michel Temer, a aplicação do que foi previsto para o setor no Orçamento 2016.
Houve, segundo ele, um corte de R$ 5,5 bilhões no setor, feito pelo governo da presidenta afastada Dilma Rousseff. “Espero poder recompor esses valores para que todos os compromissos do ministério sejam cumpridos. Se a equipe econômica, que acaba de se instalar, não tiver condições de recompor esses valores, aí, sim, nós iniciaremos uma análise de que áreas poderão cooperar com o ajuste fiscal”.
Questionado sobre a possibilidade de reduzir o tamanho do SUS, Barros destacou que trata-se de uma cláusula da Constituição que prevê saúde universal para todos, mas admitiu que “não há recursos para se dar tudo a todos”, disse. “O SUS tem funcionado com os recursos que tem, atendendo ao máximo de pessoas, com as melhores condições possíveis”. O ministro afirmou que a capacidade financeira do governo para suprir garantias a que os cidadãos têm direito não são suficientes e que o país não está em um nível de desenvolvimento econômico que permita garantir esses direitos por conta do Estado.
“A equipe econômica dará respostas à questão. Eu fui incumbido da área da saúde e procurarei garantir os recursos que estão no Orçamento, mas reconheço que não devo pedir mais recursos no momento. Eu relatei o Orçamento, e sei que não é possível ampliar recursos para nenhuma área, pelo contrário, a queda na arrecadação promoverá cortes que eu espero que não atinjam a saúde”, concluiu (ABr).