O líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), acredita que haverá diminuição da arrecadação com a restrição de agentes públicos e seus parentes de fazerem a regularização de ativos enviados ilegalmente por brasileiros ao exterior.
O projeto que reabre prazo para de regularização, foi aprovado na Câmara no último dia 15 e agora segue para tramitação no Senado.
Na Câmara, o relator do projeto, deputado Alexandre Baldy (PTN-GO), havia retirado a restrição a familiares, o que, segundo alguns parlamentares, abriria uma brecha na lei para legalização de ativos ilegais de políticos. O artigo que permitia a adesão de parentes de políticos à repatriação foi retirado do texto após apresentação de destaques por deputados do PSOL, PT, PCdoB, PPS e PSDB.
“Haverá diminuição de arrecadação, haverá questionamentos na Justiça, mas o Congresso fará a sua parte e a Justiça complementará essa discussão”, disse Jucá ontem (20), ao deixar o Ministério da Fazenda, após reunião com integrantes do órgão. O senador disse que não se pode fazer um “cavalo de batalha” sobre a questão e nem parecer que há intenção de beneficiar alguém com permissão para regularização por agentes públicos e seus parentes.
“Tem grandes empresários que não fizeram ainda [a regularização] porque são parentes de algum agente público e em tese eles terão dois caminhos: ou não fazer ou fazer entrando na Justiça, conseguindo uma liminar como alguns já o fizeram. Acho que cada um deverá consultar sua banca jurídica”, acrescentou o senador (ABr).