O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse ontem (14), após almoço com empresários ligados à Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), que o governo fará quatro reformas até o fim de 2016: a Previdenciária, a Trabalhista, a Tributária e a Política.
Esta é, aliás, de acordo com o ministro, a ordem de prioridade para o governo considerando as quatro reformas. Ao dizer que o governo fará as quatro reformas até o fim do ano, Padilha deixou claro que se referia à aprovação dos temas, e não apenas ao encaminhamento de propostas.
Questionado a respeito do tempo curto para tantas reformas, considerando que já estamos no segundo semestre de 2016, e algumas delas estão pendentes há décadas, sem que os governos conseguissem emplacá-las, Padilha citou a base de apoio ao governo Michel Temer. “Há quanto tempo não temos um governo com dois terços de base de apoio, para fazer mudanças?”, afirmou. Segundo ele, o ambiente é propício para as reformas.
Padilha afirmou, no entanto, que as reformas terão um período de transição, inclusive a previdenciária, e que isso será negociado Ao mesmo tempo, disse que é preciso “haver consciência coletiva sobre a necessidade de mudanças na Previdência”. Temos que cuidar da questão da idade, da diferença de sexo e de profissão nas reformas”, citou. “Sistema previdenciário estoura se não tomarmos providência”. Sobre a área trabalhista, Padilha citou também um período de transição e disse que “se acabarmos com a desoneração da folha agora, isso vai gerar mais demissões” (AE).