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Os conhecimentos necessários para ser um analista de impostos bem sucedido

em Destaques
terça-feira, 31 de agosto de 2021

Se você é um analista de impostos, saiba: a principal “exigência” que se espera de você é que esteja disposto a se desenvolver em todos os segmentos relacionados ao seu dia a dia e conheça as competências que não possui para saber como traçar seus objetivos. A Nutax Digital explica com detalhes quais são as áreas de conhecimento dentro da gestão de impostos e como os profissionais vão atuar lidando com elas.

  1. Direito e legislação tributária – A gestão de impostos nada mais é do que a administração da parcela que o governo exige para que uma empresa atue em um país. As empresas geram riqueza e o Estado fica com uma parte dela. A maneira pela qual o Estado faz isso está prevista nas normas de Direito Tributário, que podem ser desde artigos da Constituição até o manual de preenchimento de uma declaração de compensação.

A hierarquia das normas, os órgãos que têm competência para aplicá-las e o seu processo de aplicação são conhecimentos fundamentais para qualquer profissional de gestão de impostos. E aqui incluímos também as principais regras que regulam o processo contencioso, nas suas esferas administrativa e judicial.

  1. Contabilidade – É fundamental para o analista de impostos conhecer minimamente os principais conceitos e práticas contábeis. Quem é bom mesmo, geralmente, conhece muito. Isso por, pelo menos, dois bons motivos:
    – As bases de cálculo e apuração dos tributos usam conceitos contábeis como: lucro, receitas, custos e despesas;
    – A boa gestão demanda um processo de contabilização e conciliação periódica dos saldos contábeis dos impostos a serem pagos ou recuperados.
  2. Análise de Demonstrações Financeiras – A análise usa os relatórios produzidos pela contabilidade para comparar os resultados da empresa com períodos anteriores, contra um planejamento estratégico ou para comparar seus indicadores de performance com outras empresas do seu segmento ou outros modelos de negócio que endereçam problemas semelhantes.

Essas análises comparativas são o primeiro passo para a definição de hipóteses de ações que possam resultar em uma melhoria de performance da gestão tributária de uma empresa. A reconciliação da alíquota efetiva de IRPJ/CSLL e os impostos gerados conforme a DVA são partes de relatórios contábeis padronizados, que juntos com outros indicadores, como o saldo de Impostos a Recuperar, podem gerar insights valiosos sobre como gerar mais resultados.

  1. Tecnologia e SPED – Especialmente no Brasil, a apuração e o recolhimento dos impostos é 100% realizada por meio de arquivos complexos, gerados por ERPs e softwares fiscais, que demandam investimento alto e uma arquitetura de interfaces e conexões complexas. Os arquivos do SPED (Sistema Público de Escrituração Fiscal) e dos documentos fiscais eletrônicos carregam dados valiosos relativos às operações das empresas, que permitem análises relevantes para a tomada de decisões.

Conhecer, ainda que superficialmente, esse ambiente é fundamental para que o profissional de impostos saiba priorizar projetos e se relacionar com o Governo e com fornecedores de softwares para garantir o pagamento correto dos impostos. É fundamental construir um processo de Gestão de Impostos que aproveite as vantagens das tecnologias disruptivas em benefício do negócio.

  1. Análise de Dados – A gestão de impostos é uma função corporativa que se sustenta 100% com base em dados. As transações das empresas são capturadas e tributadas conforme cada natureza, local, destino, emissor e destinatário.

Conhecer os conceitos básicos de análise de dados e resolução de problemas são essenciais para os gestores/analistas possam entender os principais fenômenos que resultam na performance fiscal de um negócio, definir metas e executá-las.

Assim, saber o que é uma média, uma mediana, analisar um gráfico de Paretto ou uma espinha de peixe, são competências fundamentais para se priorizar problemas e buscar soluções.

  1. Noções Básicas de Processos Corporativos – Dado que o processo de apuração de impostos é fruto dos processos da empresa, de compras, vendas, entrega, prestação de serviços e etc, é fundamental que o analista de impostos conheça minimamente como funciona uma empresa.

A distribuição dos papéis e responsabilidades, a arquitetura básica do sistema ERP utilizado, os principais processos de vendas, compras, logística, e os principais desafios operacionais e financeiros de uma empresa são conhecimentos muito importantes para que os processos fiscais possam atender ao negócio de forma a proporcionar a maior eficiência, respeitando as exigências da legislação.

  1. Gestão de Projetos – A equipe de gestão de impostos é frequentemente desafiada com novas obrigações fiscais ou com a oportunidade de conduzir projetos de reestruturação societária e operacional para buscar uma carga tributária menor.
    Por isso, é fundamental que o analista de impostos tenha conhecimento dos conceitos básicos de gestão de projetos, tanto no modelo PMBOK como – e principalmente – do modelo de gestão Ágil de Projetos.

Esse conhecimento será importante para que a equipe se envolva corretamente nos projetos corporativos ou para que ela própria lidere projetos que envolvam outras áreas da empresa e fornecedores externos.

  1. Design e Customer Centricity – No mundo do empreendedorismo, poucos assuntos são tão chatos e complexos quanto a gestão de impostos. É realmente muito difícil para leigos (e aqui podemos incluir o CEO, do Diretor de Vendas, Suprimentos, Acionistas, etc) compreenderem as regras fiscais e, principalmente, visualizarem o impacto financeiro e operacional dos impostos sobre o negócio.

Por isso, o exercício da empatia, patrocinado pelo design e potencializado pelo império da experiência do usuário devem ser encarados como ferramentas chave para que a equipe de impostos possa atender às áreas de negócio. A busca por proporcionar processos intuitivos e simples pode tornar as áreas fiscais muito mais eficientes e eficazes.

  1. Fiscalização e Processo Administrativo Fiscal – Parte do processo de apuração de impostos é o atendimento à fiscalização. Por isso, é fundamental que o profissional de tax conheça os limites do processo da fiscalização e os direitos das autoridades fiscais.

É importante também que o profissional saiba que um bom atendimento a uma fiscalização pode significar um menor passivo fiscal para a empresa. Assim, conhecer as principais etapas do processo administrativo fiscal é dever de casa importante para todos que lidam de alguma forma com a gestão de impostos.

  1. Processo legislativos e relacionamento com autoridades – Por fim, mas não menos importante: são os governantes e legisladores que definem como nosso negócio será tributado.

Portanto, é muito importante que os profissionais de impostos conheçam minimamente o processo legislativo, e principalmente, que atuem próximos a esses poderes, para que as autoridades conheçam a realidade do negócio e possam pensar em normas que atendam às necessidades do Estado, causando sempre o menor custo para o negócio.

Um relacionamento íntegro entre profissionais das empresas e do setor público pode resultar em um ambiente mais favorável aos negócios, que leva a uma arrecadação maior, e um consequente benefício maior para a sociedade de forma geral.

Preciso saber mesmo de tudo isso? É claro que não se espera que um analista de impostos seja um expert em logística ou que seja capaz de dar uma aula sobre estatística, mas nossa experiência mostra que os profissionais mais bem sucedidos são aqueles que se dedicam genuinamente a conhecer sempre mais. Nossa dica é: não tenha pressa. Planeje sua jornada. – Fonte e outras informações: (https://nutax.digital/).