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O consumidor em transformação acelerada num mundo em rápida mudança

em Destaques
quinta-feira, 05 de maio de 2022

Uma coisa que o mundo aprendeu durante os últimos três anos é que a mudança é a única constante.

A necessidade de entender onde está o consumidor de hoje, quais necessidades e tendências cada geração busca diante dos momentos de grande disrupção e como as marcas podem se adaptar a estes momentos, levou a equipe de estratégia da agência de comunicação regional independente another a pesquisar e mapear os comportamentos e atitudes diante das novas formas de desenvolvimento cultural que o consumidor de hoje está enfrentando.

Por onde começar? Os pontos de partida são diversos, desde a chegada da COVID-19, até mudanças aceleradas, como a guerra entre Ucrânia e Rússia que ameaça a estabilidade e a paz global.

“A adaptação humana à mudança não apenas reconfigura a maneira como as pessoas vêem e analisam seu ambiente, mas também muda a forma como elas consomem. As pessoas têm reconhecido grandes impactos no mundo, como a emergência climática, e estão buscando novas fórmulas para um consumismo mais saudável e responsável”, diz Mariana Carreón, diretora da estratégia na another.

As expectativas de mudança no pensamento e nos discursos cresceram entre 2019 e 2020, onde movimentos sociais como o feminismo, a luta pela inclusão, os movimentos pela sustentabilidade e para frear a mudança climática mostraram como as marcas não podiam ficar para trás e, dentro da construção da mudança, começaram a se adaptar para alcançar uma reconstrução total.

. O consumidor de 2022-2023: adaptável, resiliente e analítico – A resiliência e adaptabilidade se manifestaram em 2021, forçando os consumidores a renunciar ao controle e aceitar a ambiguidade de serem confrontados com cenários fora de seu alcance.

Este ano, os consumidores estão retomando as rédeas do caminho para o futuro, com base em suas paixões e valores. O processo de reajuste do consumidor será alcançado até o final de 2024, mas, estas mudanças podem se delinear desde estágios iniciais como o ano atual e 2023.

“O consumidor está buscando uma nova era de conexão, onde a colaboração e o cuidado coletivo são parte de uma abordagem dos cidadãos que se vêem como consumidores conscientes, responsáveis e autênticos. As emoções do consumidor mudaram. Uma característica do consumidor do futuro se baseia no desenvolvimento deste poder de fascinação com o que está lá fora”, diz Carreón.

. Descobrir as tendências do consumidor em um ano de mudanças – O consumidor online emerge como uma tendência dominante frente a seu novo comportamento.

Para poder entender qualitativamente como o consumidor online se reflete no desenvolvimento atual das compras, mas também é importante olhar para o comportamento offline e como o mundo está se moldando para novas formas de conexões para o consumo, o time de Estratégia da another identificou três vias que são importantes de destacar:

Personalização preditiva – O conceito de um “programa de fidelidade” está em processo de mudança. A noção do que significa ser leal e como sugerir certas recompensas por essa lealdade está evoluindo. Ao mesmo tempo, os consumidores têm mais conhecimento digital, levando a expectativas mais altas. Há um maior volume e variedade de dados que as empresas podem utilizar não apenas para serem mais pessoais, mas também mais preditivas.

• E-commerce verde – O comércio eletrônico se tornou o principal canal de compras para muitos, após a pandemia. Ao mesmo tempo, esta mudança de canal gerou preocupações ambientais, em meio a uma crescente urgência de ação climática. Com as rápidas mudanças nas expectativas dos consumidores e normas regulatórias mais rígidas em perspectiva, parece inevitável uma transição para o comércio eletrônico sustentável.

No metaverso/marketing para o metaverso – as tecnologias de comércio virtual têm o potencial de levar as compras online para o próximo nível.

. O impacto de novos tipos de economia – Crises econômicas são períodos de “destruição criativa”, quando surgem novas ideias e formas de fazer negócios. Estas crises nos levaram ao que hoje é conhecido como mundo interconectado, o que consequentemente deu origem ao metaverso, ao boom das criptomoedas e seu uso, mas além do significado literal destes conceitos ou de como usá-los… O que está por trás dos consumidores desta tendência?

O consumidor não quer que todas as marcas se envolvam nestas tendências, ao contrário, eles estão procurando quem faz melhor e quem pertence a este terreno. Nem todas as empresas serão líderes na meta economia, mas todas elas podem participar neste espaço.

Até 2024, as marcas precisarão de uma meta estratégia sólida, que pode envolver a habilitação de souvenires digitais dentro de um programa de fidelidade, a criação de produtos digitais para avatares online, ou o investimento em tecnologia tátil.

Diante de uma economia em mudança em tempos de conflito (uma pandemia e a constante preocupação com uma guerra no horizonte), transformações imediatas na forma como consumimos estão no radar, com até os primeiros sinais de provocação econômica dando lugar a crises monetárias e, consequentemente, preocupando os consumidores, orientando seu foco para compras básicas e de sobrevivência.

A consultoria WGSN dá alguns conselhos sobre o que fazer, como marca, para entender os consumidores de hoje em tempos de mudanças abruptas:

  1. Seja uma marca pró-ativa, não reativa: os mercados e a confiança dos consumidores flutuarão. É importante garantir que a empresa se antecipe à especulação e se concentre no negócio.
  2. A comunicação como investimento central para as marcas: trabalhar com a equipe de comunicação para garantir que as campanhas e as redes sociais sejam apropriadas e consistentes com a situação do mercado.
  3. Planejamento antes da “devastação”: o impacto de uma crise pode resultar em uma falta de cuidado e alinhamento com a comunicação, de modo que os consumidores precisam saber que ações as marcas estão tomando diante de cenários que não podem controlar.

“Em um mundo em constante transformação, os hábitos de consumo das pessoas não são exceção. No entanto, vemos que existem vários limites de mudança que, como marca, são essenciais de reconhecer e trabalhar para alcançar os resultados esperados no contexto atual da humanidade, moldado pela incerteza, novas gerações e uma forte base tecnológica”, conclui Mariana. – Fonte e outras informações: (https://another.co/en/).