O governador Geraldo Alckmin afirmou que, se o modelo de governo no Brasil fosse parlamentarista, o governo já tinha caído. “No modelo parlamentarista, o governo já tinha mudado, já tinha caído.
Porque é só confiança. Perdeu a confiança, substitui o primeiro-ministro. No modelo presidencialista não é assim. (Ele) tem mandato e só pode ser interrompido por crime de responsabilidade, quando previsto na Constituição”, afirmou.
De passagem pelo Senado, onde discutiu a crise hídrica e propostas do pacto federativo, o tucano questionou sobre as “pedaladas fiscais” feitas pelo governo Dilma Rousseff, sob investigação do TCU. Alckmin frisou que não dispõe de detalhes para falar sobre a situação, mas defendeu a investigação e o desenrolar dos fatos para poder analisar o caso de forma mais adequada.
Numa crítica indireta ao governo, Alckmin afirmou que fazer um ajuste fiscal sem crescimento da economia “não funciona”. Para o tucano, um eventual novo aumento da taxa básica de juros, atualmente em 13,75%, só agrava ainda mais a situação fiscal. O mercado prevê que o governo fará uma nova alta da Selic para tentar debelar a pressão inflacionária – o IPCA chegou a 8,89% nos últimos 12 meses (AE).