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Meirelles defende simplificação tributária e expansão de crédito

em Destaques
quarta-feira, 29 de agosto de 2018

O candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles, defendeu ontem (29) a simplificação tributária e a expansão das cooperativas financeiras e fintechs de crédito.

Essas e outras propostas foram apresentadas durante um encontro promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Conselho do Agro, que reúne as entidades do setor agropecuário.
Segundo Meirelles, o número de bancos que ofertam crédito ao setor é muito restrito e precisa ser expandido, não apenas para aumentar o crédito, mas garantir maior competitividade. Ele defende a expansão das cooperativas e fintechs, que são empresas de crédito digitais e de custo baixo. “Nós institucionalizamos as cooperativas de crédito e hoje elas são ponto importante de competição. Vamos regulamentar isso e criar condições para elas serem usadas pelas cooperativas e terem uma expansão de crédito substancial para o setor rural brasileiro”, disse Meirelles.
Para ele, o seguro rural precisa ser ampliado, tanto da produção como do faturamento do produtor rural. O problema é o custo desse seguro e a capacidade do governo federal de bancar uma parte desse risco. Por isso, Meirelles defende a continuidade das reformas estruturantes, principalmente a reforma da Previdência, para a redução de despesas da União. “Se não fizermos as reformas, não poderemos pagar mais nada, não há investimento em setores fundamentais, porque vai se pagar a aposentadoria com 100% do orçamento”, disse.
Para reduzir a complexidade tributária no país, Meirelles defende um projeto de simplificação, com o uso da tecnologia e digitalização, que vai reduzir o gasto das empresas com burocracia de 2,6 mil horas por ano para 200 horas por ano. Também pretende criar um IVA, com alocação para os diversos setores, e se comprometeu a não tributar as exportações. Uma de suas prioridades, caso eleito, será a finalização da BR–163, importante para o escoamento da produção do Centro-Oeste, e a integração dos modais, garantindo alternativas para a exportação de grãos, como a hidrovia Tocantins-Araguaia (ABr).