O economista Ilan Goldfajn foi indicado para a presidência do Banco Central. Ele terá que ser sabatinado e ter o nome aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e pelo plenário.
O anúncio do nome foi feito pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Na condição de presidente do Banco Central, Goldfajn vai coordenar a política monetária e cambial do país. Meirelles disse que continuará estudando com calma o cenário econômico e que a próxima decisão será relativa aos bancos públicos.
O ministro admitiu que alguns dos atuais gestores poderão ser mantidos. O ministro da Fazenda também disse que o atual secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, permanecerá no cargo. Otávio Ladeira será mantido na Secretaria do Tesouro. Ilan Goldfajn tem experiência no setor público: exerceu o cargo de diretor de Política Econômica do BC, entre 2000 e 2003, na gestão de Armínio Fraga. Ele é economista-chefe do Itaú Unibanco, de onde é sócio. Goldfajn é economista, com mestrado pela PUC-RJ e doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Atuou como consultor de organizações internacionais, do governo brasileiro e do setor privado.
No seu histórico profissional também está a diretoria do Centro de Debates de Políticas Públicas. Foi também diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Economia da Casa das Garças, entre 2006 e 2009, sócio-fundador da Ciano Consultoria (2008 e 2009), sócio-fundador e gestor da Ciano Investimentos (2007-2008) e sócio da Gávea Investimentos (2003-2006), onde foi responsável pelas áreas de pesquisas macroeconômicas e análise de risco. O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, considera a escolha de Goldfajn positiva. “Acho um nome muito qualificado com passagem pelo governo, com trabalhos publicados, acadêmicos, na área de política monetária”, disse (ABr).