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Gestão de pessoas: o desenvolvimento da China pode ensinar o Brasil

em Destaques
sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Maior parceiro comercial do Brasil, a China vem, cada vez mais, estreitando laços com o País – em 2023, a barreira dos US$ 105,7 bilhões em exportações daqui para lá foi ultrapassada, sendo este o maior valor exportado pelo Brasil para um só país na história.

Esse sucesso comercial se deve muito ao desenvolvimento da nação chinesa, que erradicou a pobreza extrema e viu o seu PIB decolar nas últimas décadas. As lições da China para mudar de patamar podem ser aplicadas por líderes e gestores de empresas.

A FESA Group, ecossistema único de soluções de RH, compartilha as lições que a China pode dar para as lideranças das empresas brasileiras. O conteúdo é fruto da presença de John Lin, Chief Business Officer da Evera Ingredients, no FESA Insights “China desenvolvimento & cenários para o futuro”, evento que foi liderado pela FESA Group. Confira:

. Paciência – Em 1978, a China tinha 800 milhões de pessoas em extrema pobreza. Em 2020, após pouco mais de 40 anos, o problema foi erradicado – informação do Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China. Logo, a primeira lição que o País entrega é a paciência.

“Isso se aplica muito ao mundo corporativo: cada pessoa e cada objetivo de negócio tem o seu tempo para amadurecer. Não adianta querer acelerar um processo que levará tempo. A vida corporativa é isso: saber que muitas vezes acelerar algo pode significar colocar tudo a perder, e que a paciência é fundamental no processo”, diz Renato Bagnolesi, Managing Partner da FESA Group.

. Velocidade e Agilidade – Isso não significa, porém, que os líderes devem aceitar passivamente situações que podem – e devem – ser aceleradas para renderem frutos. Em 1996, de acordo com o NTHS ( Sistema Rodoviário Nacional Chinês, em tradução livre) a China possuía 2 mil quilômetros de rodovias. Em 2017, eram 136 mil km e, em 2023, 182 mil km.

Ou seja, velocidade e agilidade foram fundamentais para o país se desenvolver, porque era necessário agir rápido para sanar uma lacuna importante da infraestrutura da nação. A mesma leitura pode ser feita em ambientes corporativos: o que pode ser acelerado para o bem dos colaboradores e da empresa, deve ser feito.

. Você acha que sabe – Isso significa que tudo foi resolvido? Não, a China possui uma série de desafios atuais, entre eles o desaquecimento da economia e o desemprego da população jovem. “Esse pilar nos ensina muito: diversas vezes, porque uma estratégia deu certo, achamos que ela é infalível.

Mas não é assim, uma série de variações podem ocorrer, fazendo com que as lideranças tenham que repensar o caminho inicialmente adotado, ainda que em outras ocasiões este tenha sido eficiente”, comenta Renato.

. Você pensa que eles entenderam – Este ponto está ligado diretamente ao anterior: a repetição do que deu certo não necessariamente significa sucesso ou que os colaboradores compreenderam 100% dos objetivos e estratégias a serem adotados. É necessário estar sempre próximo às equipes, garantindo que estas entendam o que lhes foi passado, pois isso evitará desalinhamentos entre os times.

. Nada é fácil – 800 milhões de pessoas retiradas da extrema pobreza, 45 mil quilômetros de trens de alta velocidade construídos e, em 2024, um total de 10 mil quilômetros, 54 cidades e 310 linhas de metrô. Certamente, a China não alcançou estes números com facilidade ou trabalhando pouco.

“O que o exemplo chinês nos mostra é que a consistência e a eficiência podem levar as corporações a conquistarem grandes feitos. Não desistir nas primeiras dificuldades e saber fazer correções de rota quando necessário são grandes lições para aprendermos com eles”, diz o executivo da FESA Group.

. Tudo é possível – “Alguns objetivos podem ser difíceis de serem cumpridos, mas o exemplo chinês mostra que com a estratégia correta, investimentos e gestão assertiva de pessoas é possível conquistar resultados tidos como ‘inalcançáveis’”, comenta Renato. – Fonte e mais informações: (https://fesagroup.com/).