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Fim do protecionismo dos países desenvolvidos na agricultura

em Destaques
segunda-feira, 24 de junho de 2019

Em discurso na 41ª Conferência da FAO, em Roma, a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu ontem (24) o fim do protecionismo dos países desenvolvidos e a adoção de princípios científicos na regulação do comércio internacional de alimentos.

Essas medidas, para ela, são mais que necessárias para que nações pobres possam desenvolver seus setores agrícolas e o comércio mundial seja justo e livre para todos.
“O Brasil está convencido da necessidade de preservar o princípio científico na regulação do comércio internacional de insumos e alimentos. Um sistema global regulado apenas em benefício de alguns países ricos não é do interesse dos produtores e consumidores de alimentos em todo o mundo – e também não é do interesse do Brasil’, disse a ministra.
Destacou, também, que o protecionismo em países desenvolvidos ameaça o aumento da produção de alimentos nas nações em desenvolvimento, que ficam competindo com produtos subsidiados. “Um comércio agrícola de fato livre e justo permitiria, sem dúvida, a disseminação de melhoria das condições no campo, onde está concentrada a maior parte da pobreza no mundo”. Segundo a FAO, 821 milhões de pessoas ainda passam fome no mundo.
Tereza Cristina destacou o papel dos agricultores familiares na erradicação da fome global até 2030, meta das Nações Unidas. Citou que, no Brasil, há 5,1 milhões de propriedades familiares rurais, responsáveis pela renda de 40% da população economicamente ativa e pela maioria dos alimentos consumidos no país. Com inovação tecnológica, o Brasil conseguiu quintuplicar a produção de grãos em 40 anos, sem aumentar a área ocupada pelas plantações, de pouco mais de 30% do território (Mapa).