O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, deu prazo de quinze dias para o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros se manifestar sobre a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele em dezembro do ano passado.
Janot acusa o peemedebista de receber propina de R$ 800 mil do esquema de corrupção na Petrobras por meio de doações eleitorais ao PMDB, em 2010.
A decisão é mais uma mudança na investigação, que teve a denúncia apresentada em dezembro do ano passado, antes da conclusão do inquérito da PF. Dois dias depois, a documentação da denúncia foi devolvida pelo ministro Teori Zavascki à PGR, para que fossem juntadas as informações do inquérito policial. Em 21 de janeiro, o delegado da PF, Alessandro Maciel Lopes, responsável pelo inquérito, encaminhou uma manifestação ao ministro Fachin pedindo mais 60 dias de prazo para concluir as investigações.
No pedido, o delegado apontou que havia dados da investigação policial que não foram utilizados na denúncia da PGR, além da necessidade de novas diligências “visando ao cabal esclarecimento dos fatos”. Nesta semana, contudo, o ministro Fachin entendeu que cabe ao MPF “o juízo a respeito da suficiência dos elementos indiciários para oferecimento da denúncia” e, ao invés de autorizar ou não o prazo pedido pela PF, mandou notificar os investigados para que respondam as acusações da denúncia (AE).