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CPI do BNDES fecha acordo de convocações, mas poupa Lula, Lulinha e Pimentel

em Destaques
terça-feira, 25 de agosto de 2015

Em reunião fechada, a CPI do BNDES definiu ontem (25), um cronograma de convocações que serão feitas para o mês de setembro.

A lista definida pelos deputados poupou nomes considerados polêmicos pelo presidente da CPI, Marcos Rotta (PMDB-AM). Ficaram de fora as convocações do ex-presidente Lula, seu filho Fábio Luis Lula da Silva e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.
“Se trouxer o Lula ou o Lulinha, vamos tumultuar e não deliberar. De nada acrescentaria”, afirmou Rotta. Para amanhã (27), já estava prevista a participação do atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Os deputados fecharam acordo para a vinda do vice-presidente do banco Wagner Bittencourt, e da diretora de comércio exterior Luciene Ferreira no dia 1º de setembro.
No dia 3 de setembro, serão chamados os ex-presidentes Eleazar de Carvalho Filho e Carlos Lessa, seguidos de Demian Fiocca e o ex-ministro Guido Mantega, no dia 8. Nos dias 10, 15 e 17 devem ser chamados os diretores Júlio Ramundo, João Carlos Ferraz, Roberto Zurli, Maurício Borges, Fernando Marques e o ex-ministro da Educação, José Henrique Paim, recentemente nomeado diretor no BNDES.
O colegiado ouve ainda, nos dias 22 e 24, representantes do Tribunal de Contas da União (TCU) que analisam operações do banco e membros do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Por fim, a oitiva de empresários, ainda sem definição de nomes, ficou definida para o dia 29. O presidente da comissão ressaltou que não há impedimento para que outras pessoas sejam convocadas para prestar esclarecimentos “Isso não blinda qualquer tipo de nova convocação ou pedido de informação”, ressaltou.
Para o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), o governo vai tentar proteger Lula, seu filho e Pimentel. Ele defendeu que a convocação do ex-presidente “não dá para deixar para depois”. Os requerimentos ainda precisam ser votados, mas os membros da comissão saíram do encontro dizendo que há consenso sobre a aprovação, tanto na oposição, quanto na base do governo. A CPI foi instalada no início deste mês com o objetivo de investigar supostas irregularidades nas concessões de empréstimo feitas pelo banco de fomento entre os anos de 2003 e 2015 (AE).