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Bendine nega propina de R$ 3 milhões

em Destaques
segunda-feira, 31 de julho de 2017

Em seu depoimento à Polícia Federal ontem (31), o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, negou que tenha recebido propina de R$ 3 milhões da Odebrecht.

Ele afirmou que não recebeu valores ilícitos de qualquer empresa. Bendine disse, ainda, que tinha boa relação com o publicitário André Gustavo Vieira da Silva, mas negou ter “relações profissionais com ele”.
Segundo Bendine, enquanto foi presidente do Banco do Brasil “negou inúmeros pleitos da Odebrecht, como o pedido de financiamento da construção do estádio do Corinthians”. Na lista de propinas da empreiteira, Bendine era identificado como “Cobra”. O empresário Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015, disse em delação premiada que pagou R$ 3 milhões a Bendine.
À PF, Bendine afirmou que “contrariou Marcelo Odebrecht, cancelou negócios, e manteve seus contratos suspensos em decorrência das investigações no âmbito da Lava Jato”. Ele relatou “conversa tensa com representantes da Odebrecht em escritório de advocacia que atendia ambas as empresas”. Sobre a viagem que faria a Portugal na sexta-feira, 28, voltou a informar que se tratava de “uma viagem turística, com a família, que tinha passagem de volta”. Apresentou os comprovantes de reservas em hotéis.
Bendine disse que “foi surpreendido com sua prisão, uma vez que já tinha manifestado intenção de prestar depoimento e abriu mão de seu sigilo fiscal e bancário” (AE).