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As habilidades empreendedoras no setor de serviços para 2025

em Destaques
sexta-feira, 05 de fevereiro de 2021

Flávia Roberta Fernandes (*) e Grazielle Ueno Maccoppi (**)

O setor de serviços abrange uma diversidade de atividades. Um segmento que, segundo o IBGE, compreende mais de 1,3 milhões de empresas, gerando aproximadamente 12,6 milhões de empregos. O impacto econômico do setor corresponde a maior parte do PIB brasileiro, tendo uma relação direta e indireta com o estabelecimento de políticas públicas.

Este setor está em um cenário dinâmico e em constante mudança e transformação política, econômica, social e tecnológica. A atuação das empresas e dos profissionais, neste setor, deve considerar esta dinâmica que inclui fatores externos, conjuntamente com a adaptação e o desenvolvimento de competências e habilidades empreendedoras e intraempreendedoras que atendam as demandas sociais e mercadológicas emergentes.

São competências e habilidades que geram nos profissionais o entendimento de processos, desde a análise de mercado, o perfil dos consumidores e até processos de fidelização.

Para que isso ocorra, os empreendimentos, devem buscar formar em seus profissionais a capacidade de gerir processos internos e externos à organização, proporcionar um ambiente propício para o desenvolvimento destas competências e habilidades com o intuito de beneficiar não só o profissional, mas toda a sua rede de relacionamentos, de forma que provoque reflexos na excelência do serviço ofertado.

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, em seu relatório sobre o Futuro do Emprego – “The Future of Jobs Report 2020*”, publicado em outubro de 2020, há 15 habilidades com demanda crescente para o mercado, até 2025:

  1. pensamento analítico e inovação;
  2. aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem;
  3. resolução de problemas complexos;
  4. pensamento crítico e análise;
  5. criatividade, originalidade e iniciativa;
  6. liderança e influências social;
  7. uso, monitoramento e controle de tecnologia;
  8. design e promoção de tecnologias;
  9. resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade;
  10. raciocínio, resolução de problemas e ideação;
  11. inteligência emocional;
  12. soluções de problemas e experiência do usuário;
  13. orientação de serviço;
  14. análise e avaliação de sistemas; e
  15. persuasão e negociação.

O relatório destaca ainda, habilidades como Gestão e Consultoria de Negócios e Empreendedorismo, como uma das mais demandadas pelo mercado. Podemos observar que o foco do desenvolvimento profissional do futuro, está alinhado a melhoria de habilidades intrapessoais voltadas para a criação e desenvolvimento de serviços e experiências com foco nos benefícios gerados aos consumidores finais.

As habilidades e competências são aprendidas, praticadas e desenvolvidas e neste sentido, a formação técnica profissional e a constante atualização e requalificação se tornaram elementos fundamentais para o profissional do futuro.

Uma formação que incorpore conhecimento teórico, prático e comportamental aplicada a realidade do mercado, é um excelente diferencial. Focar-se numa visão profissional abrangente, holística, sistêmica, que atenda as percepções pessoais e profissionais pode garantir ganhos excepcionais tanto aos profissionais como as organizações do futuro.

Assim, com base no relatório, é possível afirmar que formação e conhecimento estão diretamente relacionados com o emprego no futuro.

Voltar-se para ações, programas e conteúdo que permitam o desenvolvimento de ideias, o reconhecimento das aptidões, o aperfeiçoamento das habilidades intraempreendedoras, se somam ao uso de tecnologias e digitalização de processos, enaltecendo e valorizando ainda mais as características humanas no atendimento e na prestação de serviços.

(*) – É professora nos cursos Gestão Empreendedora de Serviços e Assessoria Executiva Digital; (**) – É coordenadora do curso Gestão Empreendedora de Serviços do Centro Universitário Internacional Uninter.