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O dilema dos pais: equilibrar afeto e limites

em Artigos
terça-feira, 04 de outubro de 2016

Jacir J. Venturi (*)

O jovem de hoje, ao percorrer o seu caminho, encontra muitas bifurcações

Nós, pais, vivemos atualmente alguns dilemas angustiantes: oferecemos aos nossos filhos um caminho por demais florido, plano e pavimentado, mas temos certeza de que mais tarde irão percorrer trilhas e escarpas pedregosas; protegemos nossas crianças e adolescentes das pequenas frustrações, mas bem sabemos que a vida, mais tarde, fatalmente se encarregará das grandes.
Tudo fazemos para não privar nossos filhos de conforto, bens materiais, shoppings, lazer etc., mas, agindo dessa maneira, não estamos criando uma geração por demais hedonista e alheia aos problemas sociais? Para esses paradoxos, não há manual de instruções. Mas, se houvesse, duas palavras comporiam o título deste manual: afeto e limites.
São pratos distintos de uma balança em que há de prevalecer o equilíbrio, a medida certa e o bom senso. Mais do que no passado, o jovem de hoje, ao percorrer o seu caminho, encontra muitas bifurcações, tendo, com frequência, de decidir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado.
Em cada etapa da vida, é bom que o nosso educando cometa pequenos erros e seja responsabilizado por eles. Além disso, é preciso que tenha clareza das nefastas consequências dos grandes ou irreversíveis erros, para que possa evitá-los. Por exemplo: gravidez indesejada e DST; exposição excessiva ao risco; envolvimento com drogas, álcool, tabaco, brigas violentas, furtos etc.
Nós, pais, vivemos atualmente alguns dilemas angustiantes: oferecemos aos nossos filhos um caminho por demais florido, plano e pavimentado, mas temos certeza de que mais tarde irão percorrer trilhas e escarpas pedregosas; protegemos nossas crianças e adolescentes das pequenas frustrações, mas bem sabemos que a vida, mais tarde, fatalmente se encarregará das grandes; tudo fazemos para não privar nossos filhos de conforto, bens materiais, shoppings, lazer etc., mas, agindo dessa maneira, não estamos criando uma geração por demais hedonista e alheia aos problemas sociais?
Para esses paradoxos, não há manual de instruções. Mas, se houvesse, duas palavras comporiam o título deste manual: afeto e limites. São pratos distintos de uma balança em que há de prevalecer o equilíbrio, a medida certa e o bom senso. Mais do que no passado, o jovem de hoje, ao percorrer o seu caminho, encontra muitas bifurcações, tendo, com frequência, de decidir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado.
Em cada etapa da vida, é bom que o nosso educando cometa pequenos erros e seja responsabilizado por eles. Além disso, é preciso que tenha clareza das nefastas consequências dos grandes ou irreversíveis erros, para que possa evitá-los. Por exemplo: gravidez indesejada e DST; exposição excessiva ao risco; envolvimento com drogas, álcool, tabaco, brigas violentas, furtos etc.

(*) É coordenador da Universidade Positivo, é presidente do Sinepe/PR.