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O amadurecimento tardio das estratégias de nuvem corporativa

em Artigos
segunda-feira, 08 de agosto de 2022

Marco Fontenelle (*)

Sabemos que o cobertor das empresas está cada vez mais curto e isto faz com que recorram à tecnologia para diminuir seus custos.

O faturamento do mercado de serviços de TI no Brasil ultrapassou os R$ 46 bilhões em 2021, representando um aumento de 5,9% em relação ao ano anterior, indicou o IDC Brasil, consultoria especializada em inteligência de mercado de TI.
O aumento foi impulsionado, principalmente, pelo segmento de serviços gerenciados, com destaque para provedores de serviços de data centers, muito buscados pelo segmento corporativo e pelos provedores de infraestrutura de cloud, tanto pública quanto privada.

Claro que esta demanda crescente faz total sentido e é imperativo para as empresas. Tudo isso é uma consequência, até certo ponto agressiva, de todo o trabalho de digitalização realizado nos últimos dois anos em resposta à pandemia. São estes gastos que irão planificar e servir de alicerce para toda a onda da jornada de Transformação Digital aos quais as corporações estão pressionadas a surfar.

A pesquisa CIO da consultoria Evanta, uma empresa do Gartner, descobriu que 54% dos entrevistados estão investindo em infraestrutura de nuvem, a segunda maior área de gastos para CIOs depois da segurança cibernética.

Já a pesquisa “Pulse 2022”, da PwC, mostra que 35% dos líderes de Tecnologia da Informação entrevistados estão alavancando investimentos em infraestrutura para migrar de data centers tradicionais para baseados em nuvem e 28% estão redefinindo arquiteturas corporativas para serem baseadas em nuvem. E é neste ponto que é necessário atenção.

Está claro que não é possível pensar em investimentos em TI sem que eles estejam calcados em cloud computing, no entanto, não se tratada somente de mover cargas para baratear custos. É fundamental que exista uma estratégia sólida para que a nuvem realmente seja implementada para modificar os negócios e atender melhor os clientes.

Um novo estudo deste ano do BCG – Boston Consulting Group sobre proficiência e maturidade digital identificou que a adoção de soluções digitais, quando escaladas de forma eficaz por toda a empresa, pode resultar em um crescimento de receita entre 9% e 25%, e a redução de custos entre 8% e 28%.

Ou seja: não existem soluções simples para problemas complexos. Não se trata de comprar tecnologia por comprar, mas, sim, de tê-la como aliada para o impulsionamento dos resultados dentro de uma cultura de inovação.

(*) – É General Manager LATAM da Quest Software/One Identity.