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ESG passa pela valorização do gerenciamento de dados

em Artigos
quarta-feira, 24 de maio de 2023

Richard Rule (*)

Nunca foi tão empolgante trabalhar no mundo dos dados. Quando eu comecei na área da Tecnologia da Informação, os dados eram relegados ao backoffice em uma função bem menos nobre. Já hoje, eles são o coração das organizações e quem mais as utiliza tem em mãos potentes ferramentas para a criação de um mundo melhor.

Atualmente temos a certeza de que é impossível uma sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa, o chamado ESG, sem a valorização do gerenciamento de dados. Não podemos esquecer que grande parte dos sistemas e infraestruturas legadas foram implementadas há décadas. Logo, a preocupação com emissões de carbono e poluição foram por muitos anos deixadas de lado. Mas os tempos mudam e os desafios aumentam.

Ainda que a recessão econômica que se avizinha deixe os tomadores de decisão de cabelo em pé, os investimentos em gerenciamento de dados seguem crescendo. De acordo com pesquisa da Wakefield Research e da Informática, conduzida no final de 2022, a governança de dados está como a prioridade número um entre os Chief Data Officers (CDOs) e que os investimentos em estão a caminho de aumentar. A pesquisa traz à tona a perspectiva de 600 líderes de dados corporativos nos EUA, Europa e regiões da Ásia-Pacífico. Ou seja, apesar da crise macroeconômica iminente, mais de dois em cada três líderes de dados (68%) pretendem dispender mais recursos em gerenciamento de dados em 2023.

Os executivos de TI agora estão estruturando suas equipes para apoiar a construção de produtos em uma cultura data driven. De acordo com a Harvard Business Review (novembro 2022), isso pode reduzir o tempo necessário para implementar dados em novos casos de uso em até 90%, diminuir os custos totais de propriedade em até 30% e reduzir o risco e a carga de governança de dados.

Além da necessidade de atender às metas das empresas para criar experiências de cliente mais atraentes e otimizar as operações, a estruturação pragmática dos dados terá um papel essencial na resiliência das empresas. Segundo estudo do último trimestre de 2022 da consultoria Gartner, 25% dos CIOs de corporações tradicionais serão responsabilizados pelos resultados operacionais dos negócios digitais até o final de 2024.

Ações afirmativas organizacionais baseadas em redução do uso de energia, ocupação de espaços, reciclagem e aproveitamento de matérias-primas devem ser prioridade e as empresas em todo mundo estão se movimentando para isso. Manter políticas de sanitização e gerenciamento de dados é crucial para a resiliência das companhias e para o futuro do planeta.

Richard Rule é ISM Data Empowerment director LATAM da Quest Software