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Dia das Mães: expectativa para ampliação do afeto e do comércio

em Artigos
quinta-feira, 05 de maio de 2022

Aline Mara Gumz Eberspacher (*)

Neste domingo (8 de maio), é comemorado o Dia das Mães, um dia muito significativo para as famílias.

Essa palavra tão pequena, de três letras, carrega em si muita emoção, impacto e sobretudo grandeza de significado. Nela encontramos amor, segurança, afago, suporte, carinho e, é claro, não podemos esquecer das broncas corretivas. Atualmente esse dia tem um viés comercial, mas antes de falarmos sobre os números, é importante entender a origem dessa data e o fortalecimento dela na sociedade.

Relatam os historiadores que essa data surgiu no início do século XX nos EUA, criada pela ativista Anna Jarvis, que desejou homenagear sua mãe Ann Maria Reeves Jarvis, que era conhecida pelo trabalho social que desenvolvia no Estado de Virgínia. Ann atuou com outras mães durante a Guerra Civil Americana.

Em 1850, ela criou a instituição Mother’s Day Work Clubs com trabalho para reduzir a mortalidade infantil por meio das questões sanitárias, melhorando a qualidade de vida das mães e das famílias. Ann Jarvis teve 13 filho, mas nove faleceram, a maioria durante a guerra civil. Ela faleceu no dia 9 de maio de 1905.

A filha, que era muito presente com sua mãe, ficou abalada pela sua morte e decidiu honrá-la por meio da comemoração em uma data. Esse dia ficou conhecido como o Dia das Mães, homenageando o amor e a dedicação da figura materna.

Ela optou por celebrar essa data no segundo domingo de maio, por ser a data mais próxima que a mãe faleceu. A primeira celebração foi em 10 de maio de 1908, ocorreu na Igreja Metodista que Anna frequentava, na Virgínia. Em 1914, a data foi oficializada pelo Congresso norte-americano.

No Brasil, tem-se registro que a primeira celebração dessa data ocorreu em 12 de maio de 1918, em uma organização cristã no Rio Grande do Sul. Em 1932, o presidente Getúlio Vargas oficializou essa data por meio do Decreto n.º 21.366, oficializando a data que tanto amamos.

Mas qual a relação dessa data com os números e o comércio? É fato que a oficialização de uma data comemorativa chama atenção do marketing, gerando expectativas de potenciais ganhos comerciais. Vale lembrar que, por causa da pandemia da covid-19, nos dois últimos anos, a data foi comemorada um pouco diferente, a distância.

Os afetos e demonstração de carinho aconteceram de modo virtual. Então, para este ano, há uma grande expectativa dos comerciantes em aumentar as vendas.
Segundo pesquisa realizada pela Data Veritas em parceria com a Uninter, há uma expectativa muito otimista dos comerciantes para essa data.

Dentre os vários dados analisados, demonstrou que 74,4% dos comerciantes têm expectativa de aumento das vendas, e um aumento de vendas de 16,3% em relação aos anos anteriores. Além disso, é importante destacar que 70% deles se consideram esperançosos quanto a melhorias nos negócios. Assim, concluímos que são positivas as perspectivas de melhora.

Dessa forma, é obvio que uma comemoração como essa nos estimula a demonstrar da melhor maneira possível o amor por nossas queridas mães. É o momento e a oportunidade para os comerciantes melhorarem seus números, tentando recuperar um pouco dos prejuízos dos últimos dois anos. Entretanto, nunca esquecendo que o carinho vale mais que qualquer presente.

(*) – Doutora em Sociologie pela Université Paul Valery, é coordenadora de cursos de pós-graduação na área de Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter.